Judiciário

Caso Valley: motorista define triplo atropelamento como “grande fatalidade”

Rafaela Screnci afirma que avistou as vítimas, mas diz que o tempo de reação não foi suficiente para evitar a colisão

3 minutos de leitura
Caso Valley: motorista define triplo atropelamento como “grande fatalidade”
(Foto: Reprodução)

A professora Rafaela Screnci, que é apontada como a responsável pelo triplo atropelamento em frente a uma boate em Cuiabá, definiu o fato como uma “grande fatalidade”. A motorista ainda garantiu que estava com as faculdades mentais plenas quando saiu de um bar, antes do acidente.

A mulher foi a última a ser ouvida na audiência de instrução realizada nesta segunda-feira (04). Em seu relato, Rafaela negou que tenha ingerido bebida em uma confraternização, antes de ir ao pub, na avenida Miguel Sutil.

Ali, a professora contou que ingeriu quatro cervejas do tipo long neck e que se sentiu mal, quando ainda estava no estabelecimento.

Tempo de reação insuficiente

Rafaela disse que estava dirigindo dentro do limite da velocidade da via, mas que não teve “tempo de reação suficiente” para evitar o atropelamento.

A professora argumentou que atingiu as vítimas quando tentou fazer a mudança de faixa, da direita para esquerda, na avenida Isaac Póvoas. Rafaela narra que, ao chegar nas proximidades da boate, a faixa da direita estava com carros aparentemente parados, então, decidiu desviar.

Ao começar o desvio em direção à faixa da esquerda, os carros teriam começado a se movimentar e as luzes de freio de um veículo da faixa central, que estava a frente de Rafaela, se apagaram.

“O entendimento que eu tive era de que as faixas estavam livres, então os três carros [que estavam na via] estavam trafegando. Aí, eu fui para a faixa da esquerda e acabou acontecendo essa fatalidade”, narrou. “Foi uma grande fatalidade porque eu estava apenas tentando, seguindo o fluxo que estava na avenida”, definiu.

Neste momento, Rafaela atingiu Myllena de Lacerda Inocêncio, Ramon Alcides Viveiros e Hya Girotto.

Myllena Inocêncio (à esq.) morreu no local, Ramon Viveiros, não resistiu e faleceu 5 dias depois. Hya Giroto foi a única sobrevivente.

Myllena faleceu no local. Ramon e Hya foram socorridos, mas o rapaz faleceu 5 dias depois do acidente. Hya ficou internada por 15 dias, esteve em coma e passou por cirurgias, antes de ser liberada.

Fugir não era opção

Rafaela alegou que estacionou o carro onde tinha uma vaga disponível, por isso, parou a alguns metros de distância de onde as vítimas foram atingidas.

A professora disse que estava consciente do que aconteceu, tanto que entrou em desespero assim que acertou as vítimas e afirmou que, em momento algum, teve a intenção de fugir.

“Eu falei que não iria fugir, ficaria ali e daria todo o amparo, suporte necessário”, argumentou, mesmo que algumas pessoas tenham a ameaçado de agressão.

Recusa do teste

Rafaela foi presa no local do acidente e se recusou a fazer o teste do bafômetro

Em sua versão, Rafaela confirmou que não quis realizar teste do bafômetro após o acidente, afinal, seria constatada a presença de álcool em seu sangue.

“Eu bebi, mas se a senhora me perguntar se eu estava dentro das minhas faculdades mentais, eu estava”, respondeu para a promotoria.

LEIA TAMBÉM

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes