Judiciário

Silval Barbosa teria sido “ajudado” por delegado preso em operação acusado de cobrar propina

Geordan Fontenelle, alvo da Operação Diaphtora, teria recebido ao menos uma caminhonete em troca de favor em investigação

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Silval Barbosa teria sido “ajudado” por delegado preso em operação acusado de cobrar propina
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O ex-governador Silval Barbosa teria sido um dos beneficiados pelo delegado Geordan Fontenelle, que foi preso como suspeito de receber propina de empresários do ramo de extração mineral em Peixoto de Azevedo (698 km de Cuiabá). 

O delegado teria recebido uma caminhonete avaliada em R$ 200 mil, e há indícios de pagamento de dinheiro em espécie também. O caso envolvendo Silval Barbosa está em relatório técnico com registro de 2023, cujo teor ajudou os investigadores a receberem autorização de interceptação telefônica. 

 Conforme a decisão da juíza da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, Paula Tathiana Pinheiro, o suposto pagamento de propina teria sido intermediado pelo sobrinho do ex-governador, Antônio da Cunha Barbosa Neto. 

Ela diz que Antônio da Cunha Barbosa Neto teria chegado à delegacia com uma mochila nas costas e saído sem ela. Não são informadas a data nem a hora em que a visita aconteceu.  

Dias depois, data também não especificada, o delegado teria chegado ao posto de trabalho em uma caminhonete Mitisubishi Triton MMC/L200 registrada em nome de Antônio da Cunha Barbosa Neto.  No dia seguinte, identificado como 17 de outubro de 2022, o veículo já estava em nome da esposa do delegado, Letícia Cristina de Souza Araújo. 

Para a Polícia Civil, os dois fatos têm relação. Na mochila haveria alguma quantia em dinheiro vivo, e a caminhonete teria sido transferida em complementação da propina. “Daí que se infere que o veículo foi transferido também como parte do pagamento de propina, já que durante a investigação [o delegado Geordan Fontenelle] demonstrou ser pessoa que anseia por dinheiro ilícito”, diz o relatório. 

O delegado Geordan Fontenelle foi preso hoje (17) preventivamente na Operação Diaphtora da Polícia Civil. Ele é apontado como o mentor de um suposto esquema de cobrança de propina que envolveria também um investigador, um advogado e garimpeiros. 

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