O ex-vereador Marcos Paccola será julgado por júri popular pelo assassinato de Alexandre Miyagawa. O juiz da 12ª Vara Criminal Wladymir Perri reprovou a versão da defesa de que Paccola atirou no agente penal em legítima defesa.
Segundo o juiz, um dos três tiros disparados atingiu Alexandre Miyagawa nas costas e saiu no pescoço. O fato excluiria a hipótese de que o então vereador atirou para se defender ou revidar alguma agressão.
Os advogados de Paccola pediam que ele recebe absolvição sumária, uma decisão do juiz que o inocentaria de todas as acusações sem o desdobramento do processo para julgamento. O juiz afirmou que a alegação da defesa será analisada pelo conselho de sentença.
“[É] inviável cogitar a absolvição sumária do réu e reconhecer a tese de excludente de ilicitude pela legítima defesa. Tais elementos [do assassinato] demonstram autoria em desfavor do réu, os quais deverão ser analisados pelo conselho de sentença”, afirmou.
O agente penal Alexandre Miyagawa foi assassinado no dia 1º de julho de 2022, no bairro Quilombo em Cuiabá. Ele e a namorada discutiam na rua e gerou confusão por suspeita de agressão contra mulher.
O episódio foi gravado por câmeras de segurança no local. O então vereador Marcos Paccola, tenente-coronel da Polícia Militar, entra no frame da gravação com uma arma de fogo em punho; tira três vezes e Alexandre cai. O caso levou à perda de mandato de vereador de Paccola.