Judiciário

Mãe de Toni Flor diz que sempre suspeitou que mandante do crime fosse a nora

Leonice da Silva Flor relatou que Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor demonstrou sinais de agressividade em brigas com o marido

4 minutos de leitura
Mãe de Toni Flor diz que sempre suspeitou que mandante do crime fosse a nora
(Foto: Acervo pessoal)

Leonice da Silva Flor, mãe de Toni Flor, empresário morto a mando da esposa, Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor, afirmou que sempre suspeitou do envolvimento da nora na morte do rapaz.

Já Viviane Aparecida Silva Flor, irmã da vítima, reforçou que não cogitou essa possibilidade até o momento em que Ana Cláudia admitiu a participação no crime, durante a audiência de instrução processual.

As declarações das familiares de Toni foram feitas durante os depoimentos no julgamento que está sendo realizado nesta segunda-feira (17), em Cuiabá.

Leonice relatou que o casal estava junto há 15 anos e, durante os sete primeiros anos de relacionamento, Toni e Ana Cláudia moravam com a mãe dele. Ela relatou que havia brigas entre marido e mulher, mas nada que envolvesse agressão.

Porém, quando foram para a própria residência, começaram os relatos de agressividade de Ana Cláudia. De acordo com Leonice, Toni contava que, durante as brigas, a mulher quebrava as coisas em casa. Por isso, quando o rapaz disse à mãe que iria se separar foi aconselhado.

“Filho, faça o que você achar que dá certo para você, mas não conta para ela porque ela é perigosa”, recorda Leonice. Contudo, Toni já teria feito o comunicado à esposa.

Suspeitas desde o inicio

Para Leonice, o envolvimento de Ana Cláudia não era alvo de dúvidas (Foto: Reprodução)

A mãe de Toni disse que sempre desconfiou da nora. Um dos principais motivos é que ninguém mais, além de Ana Cláudia, sabia onde Toni estaria naquela manhã. Além disso, não era costume do rapaz frequentar a academia naquele momento.

Toni foi morto em agosto de 2020. Ele foi atingido por 5 tiros quando chegava ao treino de jiu jitsu. 

Outro comportamento que chamou a atenção de Leonice é que Ana Cláudia teria viajado para o Rio de Janeiro com as filhas e mãe dela, dois meses após a morte de Toni. Na volta da viagem, ela teria sido assaltada e os bandidos teriam levado o carro, além de objetos pessoais.

A suspeita ficou ainda mais forte, contou Leonice, quando Igor Espinosa, responsável pelos disparos, foi preso, seis meses após o crime. Sogra e nora foram até a porta da delegacia para acompanhar a chegada do rapaz. Leonice disse que pediu à Ana Cláudia para cobrar um posicionamento do rapaz.

“Segurei a cabela dele e perguntei quem mandou ele fazer isso. Ela ficou encostada no poste ali perto”, narrou.

Sem acreditar

Viviane acreditou na inocência da cunhada até o momento da confissão (Foto: Reprodução)

Nesse mesmo dia, Viviane ainda não acreditava no envolvimento da cunhada.

“Eu até falava para ela que achava que a polícia suspeita dela porque o delegado ficava me perguntando dela e ela respondia ‘será?’, mas eu não acreditava”, comentou a irmã da vítima.

Após a prisão de Igor, Viviane disse que o delegado responsável pelas investigações, Marcel Oliveira, questionou, de forma bem ríspida, como Ana Cláudia ficou sabendo da prisão. A mulher respondeu que foi comunicada por um repórter. Agora, Viviane percebe que já havia a suspeita policial quanto ao envolvimento da empresária.

“Eu até briguei com minha mãe, minha avó e outros familiares, defendendo ela”, disse. “Para mim foi uma apunhalada nas costas”, completou.

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