Judiciário

Caso Toni Flor: viúva de empresário será levada a júri popular pela morte do marido

Os demais envolvidos no assassinato também sentarão no banco dos réus. A data do julgamento ainda não foi marcada

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Caso Toni Flor: viúva de empresário será levada a júri popular pela morte do marido
(Foto: Acervo pessoal)

A Justiça determinou que Ana Cláudia Souza de Oliveira Flor seja levada a júri popular pela morte do marido, Toni da Silva Flor, de 31 anos. O crime aconteceu em agosto de 2020, em Cuiabá. Além da representante comercial, também sentarão no banco dos réus os demais acusados no crime, como o atirador e os articuladores entre a mandante e o executor.

A decisão de pronúncia foi divulgada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta terça-feira (19). Na determinação, o juiz Flávio Miraglia Fernandes pontuou que Ana Cláudia responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe, emprego de recurso de dificultou a defesa da vítima, concurso de agentes e crime praticado contra o cônjuge.

Toni foi morto em 11 de agosto de 2020, quando chegava a uma academia, na Capital. As informações preliminares apontavam para um crime onde o rapaz teria sido confundido com um policial federal.

Igor Espinosa, acusado de ser o atirador, responderá por homicídio praticado mediante paga e recurso que dificultou a defesa da vítima. O Wellington Honório Albino, que é apontado como o responsável por encontrar a pessoa para praticar o crime e também por ter feito a ponte com Dieliton Mota da Silva, que disponibilizou a arma utilizada na empreitada criminosa, serão julgados pelo crime de homicídio qualificado pela promessa de recompensa, o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e o concurso de pessoas.

Esses mesmos apontamentos foram feitos para Ediane Aparecida da Cruz Silva, manicure de Ana Cláudia. Conforme as investigações, a jovem conversou com Wellington sobre o crime. O rapaz informou que não aceitaria aquele tipo de proposta, mas que conhecia alguém que aceitaria.

O irmão da manicure, Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, é apontado pelas investigações como amante de Ana Cláudia. O jovem responderá por ter apresentado falso testemunho durante o processo.

A data do julgamento ainda não foi divulgada.

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Prisão mantida

Na decisão, o juiz ainda mantém a prisão de Ana Cláudia, sob o argumento de que a representante comercial ostenta periculosidade acentuada, “dado ao modus operandi utilizado para cometimento do crime, e a ameaça relatada pelo codenunciado Igor dentro do ergástulo, circunstâncias que evidenciam a fragilidade da aplicação de medida diversa da prisão”. A mulher está presa desde agosto de 2021, como resultado da operação Capciosa.

O magistrado lembra que à época do crime, Ana Cláudia teve uma conduta de “dissimulação ostentada durante os trabalhos investigativos, com entrevistas e carreata, de modo que a revogação da segregação cautelar trará embaraços processuais, seja pelo
temor ostentado por um dos codenunciados ou pela vulnerabilidade dos depoimentos que serão prestados pelas testemunhas, visto que esta fase se trata apenas de admissibilidade da acusação.”

A mesma medida, de manutenção da segregação, foi aplicada a Igor, Wellington e Dieliton. Ediane continuará sob monitoramento eletrônico.

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