Candidato à reeleição, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), negou que tenha rejeitado participar do primeiro debate eleitoral em TV, realizado nesta quinta-feira (15), para “fugir” questionamentos à sua gestão.
“Eu amarelei para a covid-19. Estou seguindo o politicamente correto. Conseguimos controlar os casos da covid, mas a pandemia não acabou. O debate neste ano deve ser virtual, à distância. Eu, como prefeito, tenho que ser o último a voltar ao normal”, disse.
A ausência de Pinheiro definiu o tom do confronto entre os sete outros candidatos à prefeitura – Abílio Junior (Podemos), Aécio Rodrigues (PSL), Gilberto Lopes Filho (Psol), Gisela Simona (Pros), Julier Sebastião (PT) e Roberto França (Patriota).
O declínio foi citado pelos participantes como se o motivo fosse o caso de dinheiro no paletó e do afastamento de quatro secretários, investigados por suposta corrupção.
Emanuel concedeu entrevista virtual, isoladamente, no fim da tarde hoje e passou o maior tempo tentando contornar questionamento de jornalistas sobre a participação dele em outros eventos com aglomeração de pessoas, como um realizado na quarta-feira (14) com professores, e de pessoas próximas a ele, como a primeira-dama Márcia Pinheiro.
Ela esteve presente no lançamento da candidatura do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PRTB) – filho do casal – à Prefeitura de Várzea Grande. Os dois casos foram citados como exemplo de risco de contaminação.
“Várzea Grande é um outro município, o que eu posso fazer? É uma outra candidatura que não tem nada a ver com Cuiabá”, o prefeito se limitou na resposta.