O governador Mauro Mendes diz que o estado não tem dinheiro para indenizar donos de terra em áreas selecionadas para reserva ambiental “a torto e a direito”. Reservas ambientais envolveriam questões delicadas não podem ser definidas no afogadilho.
“Se você não faz um estudo direitinho para separar a área em reserva ambiental e isso pode gerar um imbróglio jurídico e paralisar todo o processo e durar anos. O estado não tem dinheiro para pagar indenização que valem muito dinheiro”, disse.
Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mato Grosso tem 17 áreas com status de reserva ambiental e com a intenção de projeto para a transformação em parque ambiental, mas somente quatro foram realmente efetivados até o momento.
“Vamos de ficar um ano sem pagar falará, sem cumprir as dívidas, parar só para termos dinheiro para pagar as indenizações”, afirmou Mauro Mendes. O pagamento para fazendeiros na Serra Ricardo Franco é estimado em R$ 1 bilhão.
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A maioria dessas áreas envolve disputas econômicas e de sustentabilidade, a exemplo da Serra Ricardo Franco em Vila Bela da Santíssima Trindade (540 km de Cuiabá).
A polêmica sobre atribuição de status de reserva ambiental, os interesses econômicos privados e a capacidade financeira de estados de cobrir as despesas vai começar a ser debatida esta semana na Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal.
A hipótese levantada pela comissão é que faltam critérios claros para a concessão de áreas como unidade de conservação.