Mato Grosso

Sinfra: “Empresa que quiser tocar Júlio Müller tem que fazer um senhor projeto de engenharia”

Retomada da obra, iniciada em 2012, foi anunciada por Mauro Mendes em novembro

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Sinfra: “Empresa que quiser tocar Júlio Müller tem que fazer um senhor projeto de engenharia”
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Paralisada desde 2012, a construção do novo prédio do Hospital Universitário Júlio Müller viu, nesse fim de ano, uma nova “luz no fim do túnel”. É que, em novembro, a retomada da obra foi anunciada pelo governador Mauro Mendes (DEM), ficando sob coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

Conforme o secretário da Pasta, Marcelo Oliveira, a obra vai ser lançada por um Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi). O modelo foi o escolhido porque, segundo o secretário, traz mais transparência e simplifica os trâmites para aplicação de recursos públicos.

No entanto, ao LIVRE, Marcelo Oliveira afirma não haver garantias de que a obra não será paralisada – como já aconteceu. Para evitar essa situação, o secretário diz que é “necessário calma e atenção na análise dos projetos”.

No modelo escolhido pelo governo, a empresa que irá assumir a obra será a mesma que vai elaborar a proposta. Isso até possibilita a redução do prazo para implantação e funcionamento do hospital, conforme o secretário.

“Chamamos a Universidade Federal de Mato Grosso e pedimos uma planilha com todos os serviços que precisam ser feitos na obra. Ela foi apresentada e, em cima dela, vamos lançar o RDCi”, informa Marcelo.

O chefe da Sinfra ainda explica que, nessa modalidade, termos aditivos ao contrato não seriam permitidos, e as empresas concorrem com o preço global. Ou seja, as construtoras interessadas devem calcular absolutamente todos os seus gastos previamente.

Marcelo afirma que a Sinfra vai dar tempo suficiente para que as empresas estudem a obra, apresentem a proposta, incluindo anotações técnicas e planilhas orçamentárias.

“Dinheiro no caixa nós temos, tanto do governo quanto da UFMT. O que precisamos é, na hora do procedimento licitatório, termos a calma de abrirmos os projetos e analisarmos com muita atenção”, avalia.

O secretário ainda avisa: “a empresa que vai apresentar, então, tem que fazer um senhor projeto de engenharia, e vai ter tempo para isso”.

Como o projeto não é desenvolvido pelo governo, Marcelo diz que não há uma estimativa sobre quanto deverá custar a construção do prédio.Ele arrisca, porém, que o valor pode chegar ao dobro do que custou o Hospital Municipal de Cuiabá (R$ 190 milhões).

O lançamento da licitação do novo Julio Müller era estimado para o dia 20 de dezembro. No entanto, a tramitação do edital dentro da Procuradoria Geral do Estado atrasou e a nova estimativa é para o fim de janeiro.

Depois de lançado o processo, as empresas terão 45 dias para analisarem o edital e apresentarem a proposta. O resultado deve sair ainda no primeiro semestre de 2020.

Novo hospital

O novo hospital está localizado às margens da Rodovia Palmiro Paes de Barros, a 15 quilômetros de Cuiabá, e teve as obras iniciadas em dezembro de 2012. O contrato inicial era de R$ 115,5 milhões, com valores a serem pagos com recursos federais e estaduais.

Depois de pronto, o espaço deve contar com 228 leitos de internação, 12 centros cirúrgicos e 68 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Além disso, o projeto inclui 85 consultórios, 45 salas de exames, 21 bancos de sangue/triagem e 53 salas administrativas.

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