A Justiça de Mato Grosso bloqueou uma fazenda do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) avaliada em R$ 7,8 milhões. A decisão, do juiz da Vara de Ação Civil Pública e Popular, Bruno D’Oliveira Marques, ocorre em desdobramento da Operação Rota Final.
Na mesma ação, o juiz Bruno D’Oliveira autorizou o bloqueio de R$ 2 milhões do ex-deputado estadual Pedro Satélite.
Crimes via comissão parlamentar
O juiz acatou pedido do Ministério Público do Estado (MPE) de suposto enriquecimento ilícito de Dal Bosco via “manobra” em ações públicas para a contratação de empresa de transporte intermunicipal. A ordem é do dia 28 de junho.
O MP diz que houve enriquecimento em R$ 1,29 milhão através de quatro empresas de transporte intermunicipal e oito agentes vinculados a essas empresas. As operações suspeitas que teriam levado ao crime são apontadas dentro da Comissão Especial de Transporte da Assembleia Legislativa.
Por causa desses supostos crimes, o órgão quer aplicação de multa de R$ 3,87 milhões ao deputado.
Dal Bosco é investigado na segunda fase da Rota Final por suposto direcionamento de licitação para concessão de serviços de transporte intermunicipal em cinco praças. Parte desse certame foi anulado pelo governo no mês passado.
Uso do cargo público
Em relação a Pedro Satélite, o MP aponta enriquecimento ilícito de R$ 2,5 milhões, supostamente também em uso do cargo público.
Satélite fez parte do conselho diretiva da Satélite Transporte, empresa de sua família.