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Rota Final: deputado, ex-deputado e empresas são denunciados pelo MPE

Ação civil pública pede bloqueio de patrimônio e diz que políticos agiram em favor de empresários

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Rota Final: deputado, ex-deputado e empresas são denunciados pelo MPE
Foto: Ednilson Aguiar/O Livre

O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com uma ação civil pública na qual requer a condenação, por improbidade administrativa, do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), e do ex-deputado estadual – e atual primeiro-suplente Pedro Satélite (PSD), além da condenação de empresários do transporte intermunicipal.

A ação na esfera cível é desdobramento de uma investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que culminou na Operação Rota Final e investiga a suspeita de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

No total, é solicitado o bloqueio de patrimônio de todos os acusados, na ordem de até R$ 32,4 milhões “para garantir o ressarcimento aos cofres públicos”.

Bloqueios milionários

Somente de Dilmar Dal Bosco, atual líder do governo na Assembleia Legislativa, é solicitado o bloqueio de R$ 5,173 milhões. Já do ex-deputado Pedro Satélite e do seu filho Andrigo Gaspar Wiegert o Ministério Público pede a indisponibilidade de bens e valores de R$ 10,2 milhões.

Ainda foram denunciados o advogado Raphael Vargas Licciardi e os empresários Eder Augusto Pinheiro, Júlio César Sales Lima, Max William de Barros Lima, José Eduardo Pena, Edson Angelo Gardenal Cabrera, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima Filho, Luiz Gustavo Lima Vasconcelos, Daniel Pereira Machado Júnior.

Também foram denunciadas as seguintes empresas que atuam na exploração do transporte intermunicipal: Andorinha S/A, Viação Xavante LTDA, Viação Motta LTDA e Viação Juína Transportes Eireli.

Segredo de justiça

De acordo com as investigações do Ministério Público relacionadas à Operação Rota Final, empresários do setor de transporte intermunicipal corromperam agentes políticos mediante pagamento em dinheiro para dificultar a licitação que seria feita pelo governo do Estado, o que permitiria a essas empresas permanecer na exploração dos serviços.

As investigações na esfera penal tramitam em segredo de Justiça e foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por meio do desembargador Marcos Machado.

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