O preço da passagem de ônibus em Cuiabá não vai aumentar em 2020. A afirmação foi feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro, nesta segunda-feira (23). Atualmente, o valor cobrado na Capital é de R$ 4,10.
À imprensa, Pinheiro revelou ter conversado com os empresários do setor de transporte, garantindo que o aumento na tarifa “não é a solução”.
É que, em 2019, as empresas pediram um reajuste para R$ 4,25, devido ao custo do sistema. A proposta, porém, foi rejeitada pela Arsec, agência que regulamenta os serviços públicos delegados em Cuiabá.
De acordo com o prefeito, um reajuste é promovido em todo mês de janeiro para corrigir os valores gastos pelos empresários. Contudo, ele não seria feito em 2020.
“O usuário não aguenta pagar mais. O setor produtivo, que banca sua parte do usuário do transporte, não aguenta pagar mais”, garantiu.
O chefe do Executivo ainda destacou que o aumento da tarifa provoca um ciclo vicioso, porque afasta os passageiros. Com menos usuários, arrecada-se menos e encarece ainda mais o sistema de transporte. Por sua vez, pede-se novamente o aumento de tarifa para garantir o equilíbrio econômico.
Conforme Pinheiro, a proposta é melhorar o transporte, oferecendo mais conforto ao usuário. Por isso, segundo o prefeito, a ideia é que, assim que assumirem as linhas, as novas empresas ofereçam ao menos 50% de frota com ar-condicionado.
O prefeito ainda citou controle mais rigoroso no cumprimento de horários, além de “motoristas responsáveis”.
O prefeito, porém, reconheceu que as empresas devem sofrer impacto diante dos pedidos previstos na licitação. Por isso, anunciou que uma equipe técnica já analisa formas para desonerar o sistema, sem cobrar da população.
Já em 2021 o valor deve aumentar. Contudo, a tarifa deve ser calculada com base apenas no segundo semestre, considerando o tempo de circulação das novas empresas, segundo o prefeito.
Licitação
O contrato com as novas empresas de transporte, que dividirão Cuiabá em quatro mercados, foi assinado nesta segunda-feira. Elas têm 180 dias para começar a operar na Capital, que ainda conta com um contrato emergencial com as antigas concessionárias.
A licitação é válida por 20 anos, podendo ser prorrogada por mais cinco.