Política

MP pede anulação do mandato de Emanuel Pinheiro por suposta fraude em vacina contra covid

Promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour diz que organização criminosa teria autorizado 60 pessoas furar a fila

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MP pede anulação do mandato de Emanuel Pinheiro por suposta fraude em vacina contra covid
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre )

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) pediu que a Justiça anule o mandato do prefeito de Emanuel Pinheiro. O órgão diz que ele teria fraudado o calendário de vacinação contra a covid-19, incluindo a si mesmo e outras 60 pessoas na fila antes do momento. 

O pedido de cassação está em uma denúncia contra o prefeito e outras 3 pessoas por suposta organização criminosa, assinada pelo promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour. Segundo o promotor, Emanuel Pinheiro teria sido vacinado 40 dias antes da divulgação oficial. A prefeitura nega. 

O promotor diz que o grupo funcionaria em dois núcleos. O calendário de vacinação contra a covid-19 foi determinado pelo Ministério da Saúde de acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI). As primeiras doses foram para idosos e pessoas com comorbidades que pudessem agravar a infecção da covid-19. 

  • Núcleo político: O primeiro núcleo, chamado de político, analisaria os pedidos para furar a fila. Eles receberiam os pedidos e filtrariam por pessoas “consideradas mais importantes”. O chefe de gabinete de Emanuel Pinheiro, Antônio Monreal Neto, e o irmão do prefeito, Marco Polo de Freitas Pinheiro, seriam integrantes desse núcleo. A decisão final para a fraude seria dada por Emanuel Pinheiro.  
  • Núcleo operacional: O segundo núcleo seria responsável pelo lançamento de informações falsas no sistema do SUS controlado pelo Ministério da Saúde. A função seria do então coordenador técnico em informática e tecnologia da Secretaria de Saúde de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso. 

“Deve-se ressaltar que a associação entre os envolvidos perdurou por grande parte do período pandêmico, restando caracterizados os requisitos da estabilidade e permanência para o fim específico de cometer crimes, os quais certamente causaram grave prejuízo a um grande número de pessoas, que tiveram preterido seu direito de receber o esperado imunizante”, disse o promotor. 

O que diz a prefeitura? 

A Prefeitura de Cuiabá negou as informações do Ministério Público. Ela disse que a vacinação seguiu o Plano Nacional de Imunização (PNI). Inclusive, uma lei municipal de 2021 determinaria multa de R$ 21,8 mil a pessoas flagradas em esquema de fura-fila.  

Leia a nota: 

O prefeito Emanuel Pinheiro atendeu com rigor às diretrizes que descreveu o Plano Nacional de Imunização (PNI), comorbidade e faixa etárias, determinadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação da população contra o coronavírus;   

Não ocorreu fraude na imunização do prefeito, ele agendou a vacinação para uma data, mas como estava fora da faixa etária optou por aguardar o mês adequado; 

A campanha Vacina Cuiabá foi transparente e iniciou-se em 20 de janeiro de 2021. No Município, inclusive, foi editada a Lei 6.661/2021, fixando multa no valor de R$ 21,8 mil para quem furasse a fila, fruto da preocupação constante do prefeito Emanuel Pinheiro em garantir imunização para aqueles que mais precisavam;   

O prefeito reitera que está à disposição das autoridades para atender a qualquer solicitação versando sobre essas e outras informações. 

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