O médico Rubens Carlos de Oliveira Junior, ex-presidente da Unimed Cuiabá, voltou a se defender das acusações de suposto rombo na cooperativa de R$ 400 milhões. A defesa diz que as contas da empresa passarão por perícia para comprovar que Rubens deixou o cargo administrativo em situação saudável, financeiramente.
“Tramita perante a 7ª Vara Cível de Cuiabá, ação de produção antecipada de provas, onde o Dr. Rubens provará que esse fantasioso rombo não existe, estando o processo em via de realização de perícia para apurar a realidade”, disse.
O déficit de R$ 400 milhões foi apresentado pela direção da Unimed em junho de 2023, referente as contas do ano anterior da cooperativa. A auditoria independente contratada pelos diretores na época apontou que a Unimed tinha lucro de R$ 371 mil antes do suposto.
O problema foi atribuído a Rubens Carlos de Oliveira Junior, ex- presidente da diretoria executiva, ao ex-CEO Eroaldo Oliveira e do ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte. A defesa do médico que a perícia irá contestar essa versão.
“Antes da mudança de gestão, o presidente e sua diretoria convocaram uma assembleia geral ordinária, todas as contas foram devidamente apresentadas, discutidas e aprovadas pelos cooperados; com a mudança da gestão, contratou-se uma empresa de auditoria, que, inexplicavelmente, utilizando-se, inclusive de contas glosadas e não pagas, simplesmente a incluíram no suposto déficit”, disse.
O ex-diretor ficou impedido de integrar cargos administrativos de franquias da Unimed no Brasil. Segundo a defesa, os laboratórios do médico também foram descredenciados. A perícia que será aberta também deverá apontar a “imparcialidade” dessas decisões.
Em nota, a Unimed refuta os argumentos.
Leia na íntegra
NOTA À IMPRENSA
A Unimed Cuiabá refuta as alegações feitas pelo médico Rubens de Oliveira Júnior, divulgadas na imprensa e, conforme já é público e notório, destaca o seguinte:
– É impossível refutar o desequilíbrio financeiro de R$ 400 milhões deixado pela gestão de Rubens de Oliveira e sua diretoria, fato constatado pela PP&C Auditores Independentes, contratada pela atual diretoria da Unimed Cuiabá, que contrapôs o balanço apresentado pela gestão anterior, no qual apresentava resultado positivo de R$ 371 mil e que foi reprovado em Assembleia Geral Ordinária;
– Tanto é verdade o desiquilíbrio financeiro, que a Unimed Cuiabá está sob direção fiscal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desde setembro de 2023, mesmo tendo tomado duras medidas em um plano de ação que precisou ratear R$ 150 milhões entre os médicos cooperados, além de basear outras medidas emergenciais para buscar a recuperação da Unimed Cuiabá;
– A Ação de Produção Antecipada de Provas, que Rubens e demais médicos da ex-diretoria ajuizaram para pedir uma nova auditoria, foi extinta pelo juízo da 7ª Vara Cível de Cuiabá em março de 2024, pois faltaram elementos para a continuidade do processo, entre os quais a não observação do pagamento dos honorários periciais;
– Quanto ao descredenciamento dos laboratórios, a Unimed Cuiabá vem promovendo redimensionamento da rede de prestadores, como medida reivindicada pelos cooperados em razão do momento atual, de reestruturação financeira, sem com isso deixar de continuar a prestar o serviço garantido aos beneficiários, conforme prevê a legislação e a ANS.
Sendo assim, a Cooperativa repudia todas as inverdades que estão sendo divulgadas pelo médico Rubens de Oliveira. Os fatos elencados acima estão todos noticiados às Autoridades competentes, tais como o Ministério Público Estadual e Federal e, dentro da esfera judiciária, todas as medidas estão sendo tomadas para buscar responsabilizar aqueles que promoveram a situação temerária em que foi deixada a Cooperativa Médica.