O procurador de Justiça Mauro Zaque de Jesus pediu que o prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário de Cultura Aluízio Leite Paredes informem quem autorizou o uso do miniestádio do bairro Jardim Florianópolis por uma facção criminosa.
O procurador diz que a concessão foi autorizada em outubro em 2023 “para a facção criminosa Comando Vermelho”, com a qual Paulo Witer teria vínculo. O suposto tesoureiro da facção usaria o espaço para “difundir e promover” o nome dele e da organização criminosa.
O procurador diz em nota recomendatória que os gestores têm 5 dias para apresentar uma declaração. No mesmo documento, ele orienta a revogação da concessão e que a prefeitura reassuma imediatamente o controle do miniestádio.
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O suposto vínculo entre poder público e organização criminosa foi apontado pela Polícia Civil na Operação Apito Final, deflagrada na semana passada. Paulo Witer ainda teria financiado R$ 350 mil para a reforma do miniestádio, que passou a receber a sua alcunha, “Amigos de WT”.
Conforme as investigações, Paulo Witer também teria iniciado a construção de um complexo esportivo no bairro Jardim Umuarama, numa área de 10 lotes residenciais. O complexo estaria projetado com 2 campos de futebol, academia, lojas e lanchonete.