A Prefeitura de Cuiabá negou que a obra do miniestádio do bairro Jardim Florianópolis tenha tido a ajuda financeira uma facção criminosa. A Empresa Cuiabana de Limpeza Pública (Limpurb) disse em nota que construiu apenas um miniestádio, no bairro Tijucal.
A Polícia Civil divulgou as ações de uma facção na operação Apito Final, que usaria projetos sociais para lavar dinheiro. A ação foi deflagrada no começo desta semana, com ordens de busca e apreensão e prisão de supostos tesoureiro e laranjas de organização criminosa.
“É importante ressaltar que a Limpurb não é a responsável por realizar obras em miniestádios. No entanto, é necessário esclarecer que o único miniestádio reformado pela Limpurb, com mão de obra e materiais, foi o do Tijucal. Eventualmente, a Limpurb esclarece que pode oferecer suporte em reparos de alambrado, fornecimento de tinta para pintura, ou auxílio na iluminação”, informou.
As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil apontam que uma facção criminosa teria pagado R$ 350 mil para a reforma do miniestádio do Jardim Florianópolis.
O campo seria usado por um time de futebol amador cujo nome e estrutura a pertenceriam a Paulo Witer Farias Paelo, o suposto tesoureiro da facção.
Conforme a Polícia Civil, Paulo Witer, conhecido como WT, iniciou a construção de um complexo esportivo no bairro Jardim Umuarama, o qual se chamaria Arena Vip Cuiabá. O espaço ocuparia 10 lotes residenciais e envolveria a construção de dois campos de futebol, academia, lojas e lanchonetes.
De acordo com os delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, que chefiaram as investigações da GCCO, a construção do complexo seguiria o modus operandi de Paulo Witer e da organização, que buscariam investir em imóveis e veículos para esconder o dinheiro ilícito da facção.
