Judiciário

Márcio Vidal: Corrupção é um dos crimes mais perversos da sociedade

2 minutos de leitura
Márcio Vidal: Corrupção é um dos crimes mais perversos da sociedade
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) até esta quarta-feira (17), o desembargador Márcio Vidal classificou como “perverso” o crime de corrupção, objeto de campanhas de combate nas três esferas de Poder. Para Vidal, o crime é resultado da “falta de cidadania” praticada por políticos.

A avaliação do desembargador foi feita durante apresentação de balanço das ações da gestão 2017/2019 do TRE-MT à imprensa, na manhã de segunda-feira (15). Vidal afirmou que, ao longo do biênio, procurou adequar sua administração para ações cidadãs, visando difundir o conceito e a prática da cidadania na sociedade.

“Nós estivemos dialogando com a população, com estudantes, demonstrando como é importante a cidadania. Se há corrupção, senhores, é porque não houve cidadania. A cidadania esteve ausente. E é um dos crimes mais perversos para qualquer sociedade, porque compromete não só a geração atual, como também a geração futura”, disse aos jornalistas.

Para o desembargador, embora os Poderes lancem campanhas de combate à corrupção e atuem para reparar os delitos já praticados, é necessário promover ambientes para evitar novas práticas.

[featured_paragraph]“Você ficar dando remédio e assistência, sem que você discuta qual é o alimento saudável, vai apenas prolongar até chegar no colapso total. Nós precisamos voltar com a cidadania, precisamos ter outros olhares”, manifestou.[/featured_paragraph]

Entre as ações realizadas pelo Tribunal estão a implantação de aplicativos para aproximar a Justiça Eleitoral dos cidadãos, a biometria e, mais recentemente, a proposta de novas disciplinas em currículos escolares.

Conforme Vidal, foi sugerida a inclusão da disciplina de Sistema Eleitoral para os cursos de Direito e de Cidadania para os de ensino médio. A proposta também recebeu apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), segundo o desembargador.

Um dos aplicativos lançados pela Justiça estadual, desenvolvido em Mato Grosso, é o “Soberano”. Conforme o desembargador, qualquer cidadão eleitor pode apresentar um projeto de lei e submeter à análise de outros eleitores. “Se conseguir um número de aprovação legal, ele vai ser encaminhado para o parlamento competente”, explicou o presidente.

Já quanto a biometria, de acordo com o diretor-geral do TRE-MT, Nilson Bezerra, cerca de 1,6 milhões de eleitores do estado já cadastraram seus dados biométricos. O montante representa 69% dos quase 2,3 milhões de eleitores em Mato Grosso. No início da gestão, em 2017, apenas 26% dos eleitores estavam cadastrados.

Leia também

Eleição suplementar para vaga de Selma pode custar R$ 10 milhões ao contribuinte

Por unanimidade, TRE-MT cassa o mandato da senadora Selma Arruda

Procurador Luiz Carlos: “Decisão do STF não explica se terá eficácia retroativa e isso preocupa”

Márcio Vidal: Justiça Eleitoral não tem estrutura para julgar crimes de alta complexidade

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes