Eleições 2018

Zeca Viana diz que oposição tem que caminhar unida e não pode subestimar Taques

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Zeca Viana diz que oposição tem que caminhar unida e não pode subestimar Taques
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado estadual Zeca Viana (PDT) defende que a oposição una forças para enfrentar nas urnas o governador Pedro Taques (PSDB), e mantenha o bloco anti-reeleição que começou a ser gestado no almoço de segunda-feira (9). Ele disse que Taques não pode ser subestimado como adversário, pois é governador e tem a máquina estadual sob seu comando.

“Nosso objetivo é juntar todos contra a reeleição do Taques, para que não haja divisão dos votos da oposição. Os votos dele são dele e ninguém vai tirar”, explicou Viana, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da Band FM, na noite desta terça-feira (10).

O ex-aliado do tucano aposta na superação das divergências de ideias, e até mesmo das rusgas políticas – como a que existe entre o ex-vice governador Carlos Fávaro (PSD)  e o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT), derrotado pelo candidato de Fávaro nas eleições  de 2016 – em nome de um projeto maior, que é o de derrotar Taques.

A demora em lançar um candidato de oposição – ao contrário do que ocorreu em 2014, quando foi um dos líderes da oposição ao Silval Barbosa, ao lado de Taques – ocorre em função justamente da personalidade do atual governador, na avaliação do deputado. “Taques tem um perfil duro de ameaças. Não sei se é chantagem. A própria secretária dele disse a companheiros meus que ele vai tirar todos os adversários”, contou.

Apesar da indecisão quanto a nomes, o grupo já começou a traçar um mote de campanha. “Nós erramos em 2010 [elegendo Silval], erramos em 2014 [elegendo Taques], que era a grande esperança da sociedade mato-grossense. Vamos errar novamente em 2018? Essa é nossa proposta. Precisamos resgatar Mato Grosso”, disse.

Afastamento e rompimento

Um dos principais apoiadores de Taques desde o início da carreira política, em 2010, quando ambos estavam no PDT, Zeca Viana afirmou que o antigo aliado sofreu uma “transformação pessoal” ao se tornar governador.

“Ele me ouvia. E eu percebi que, depois que assumiu o governo, ele não aceitava ouvir as pessoas. Eu ando no interior e tenho dificuldade em encontrar um eleitor que defende Pedro Taques. Parece que agora começou a ouvir, chamou políticos para dentro do governo. Mas são erros infantis. Pela inteligência que ele tem, não precisava disso”, analisou.

Zeca Viana disse que seu rompimento com Taques teve início na montagem do staff, quando foi à Casa Civil levar indicações de aliados do PDT para serem nomeados em cargos do interior. “Aí ele já me apresentou uma lista de 42 nomes do deputado Baiano Filho (PSDB). Aí eu vi que teríamos dificuldade”, disse, referindo-se ao então chefe da Casa Civil e primo do governador, Paulo Zamar Taques.

O rompimento total, segundo Viana, veio quando o Paulo Taques o acusou de contratar um pistoleiro para assassiná-lo. A denúncia foi arquivada por falta de provas. “Aquele e-mail que montaram contra mim foi o pico. Criaram aquela situação para me investigar. Passeis seis meses investigado pelo Gaeco e não encontraram nada para me desmoralizar”, declarou.

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