O governador em exercício Otaviano Pivetta disse que o reajuste salarial dos professores precisa estar vinculado à melhoria do ensino público. O salário deles em Mato Grosso corresponderia a esse padrão.
“O governo está aberto à conversa, principalmente com eles que querem melhorar a educação. A cobrança de reajuste dos salários tem que estar vinculada a uma melhor educação, e Mato Grosso está lutando para melhorar a qualidade do ensino público”, disse.
Pivetta deu uma resposta à declaração do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso) de eventual greve geral, sem prazo para encerramento. Eles querem aumento salarial e concurso público. A cobrança foi anunciada como “ultimato” ao governo.
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Mato Grosso começou a melhorar o nível de ensino público nos últimos três anos, mas continua longe ranking das escolas no país com ensino excelente. O problema está concentrado nas séries finais do ensino fundamental, nas quais os alunos têm baixo aproveitamento, até mesmo em disciplinas básicas, como matemática e língua portuguesa.
Paralelamente, até 2023, a média salarial dos professores da rede estadual estava em R$ 5.024,57, para carga-aula de 30 horas semanais. Era o sexto melhor salário do ensino público no país e acima do piso estabelecido pelo MEC (Ministério da Educação) de R$ 4.420.