A Polícia Federal quer mais prazo para investigar o ex-governador Pedro Taques por suposto recebimento de dinheiro para caixa 2 na campanha eleitoral de 2014. O pedido de dilatação ocorre pela proximidade do vencimento da investigação.
“Se avizinha o término do prazo de permanência do feito em sede policial e estando no aguardo de outras diligências, remetam-se os autos ao Ministério Público Federal a quem, solicito novo prazo para continuidade das investigações”, diz a delegada Karoline Araújo Diniz.
O caso começou a ser investigado em 2018 após delação do empresário Alan Malouf, que disse ter repassado, junto com outros empresários e indiretamente, cerca de R$ 2 milhões para a campanha que elegeu Taques.
O esquema funcionaria com uso de gráficas, em tese, contratadas para a impressão do material de companha do então senador. Segundo Malouf, os valores parciais, que chegaram até a R$ 900 mil, eram depois repassados em espécie para o grupo de Pedro Taques.
Recentemente, a Polícia Federal descartou a prática de caixa 2 em outro caso delatado pelo empresário Alan Malouf. A investigação era sobre o suposto pagamento de R$ 820 mil à campanha de Taques pelo empresário Fernando Minosso.
O financiamento seria para assegurar a Minosso a indicação para o cargo de chefe da Casa Civil. A PF disse que não foram encontradas provas que corroborassem a informação.