Eleições 2018

Mauro Mendes e Sefaz divergem sobre tamanho do rombo no governo Taques

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Mauro Mendes e Sefaz divergem sobre tamanho do rombo no governo Taques
(Foto: Tchelo Figueiredo/Secom Cuiabá)

O pré-candidato a governador Mauro Mendes (DEM) e o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, divergem sobre o tamanho do rombo nas contas estaduais. Enquanto Gallo sustenta que o montante real é de R$ 450 milhões, Mendes apresentou, nesta quinta-feira (26), balanços da Sefaz para reafirmar que o déficit financeiro atual é de R$ 3,6 bilhões, conforme ele havia anunciado na entrevista coletiva de terça-feira (24).

“Temos que desmistificar. Esse número hoje não é real”, afirmou Gallo, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, na TV Vila Real, na quarta-feira (25). “Viramos o ano com R$ 2,8 bilhões em restos a pagar, dos quais R$ 700 milhões eram da folha de pagamento, liquidada em dezembro e paga em janeiro. Nós já pagamos R$ 700 milhões para outros credores. Tem outros R$ 600 milhões que são operações de crédito, restos a pagar que viraram o ano, mas são investimentos com dinheiro lastreando de empréstimos de bancos. Então temos hoje uma dívida de R$ 450 milhões”, afirmou Gallo.

Mendes, porém, insiste no valor, e enviou à imprensa imagens dos balanços (veja abaixo). O pré-candidato disse que Gallo (que foi secretário na sua gestão na Prefeitura de Cuiabá) tentou confundir os espectadores durante a entrevista. “Só para os Poderes são R$ 700 milhões [em dívidas]. Isso já supera os R$ 500 milhões que ele falou. O Rogério Gallo é muito competente, mas há uma confusão de número e de semântica”, afirmou. “Agora eles que precisam explicar. Os dados são públicos e oficiais da Sefaz”, completou.

O pré-candidato já havia tratado desses números em reuniões políticas com aliados, conforme o LIVRE publicou. “Não gosto de ficar fazendo festival de números, mas Silval Barbosa entregou o governo para Pedro Taques com R$ 800 milhões de restos a pagar. Eu vi o balanço de 2017, são R$ 3 bilhões só no balanço, fora o que passou para a gaveta, isso é preocupante”, disse Mendes a pré-candidatos a deputado do PROS em uma reunião em maio.

Mauro Mendes citou uma audiência pública realizada pela Sefaz em fevereiro para reforçar o valor de R$ 3 bilhões em déficit, quando Gallo defendeu a criação do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF), aprovado em 21 de junho. Em entrevista à rádio Band FM, em março, Gallo também havia defendido que o fundo seria a solução para cobrir as dívidas que chegavam a R$ 3 bilhões.

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