Judiciário

Madeireiras de MT alvos de operação contra crimes ambientais são bloqueadas pela Justiça

Cinco pessoas foram presas em flagrante, entre elas o vice-prefeito da cidade, por porte ilegal e posse irregular de arma de fogo

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Madeireiras de MT alvos de operação contra crimes ambientais são bloqueadas pela Justiça
(Foto: PJC MT)

A Operação Ronuro, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso ontem (16), contra alvos envolvidos em crimes ambientais em uma unidade de conservação no norte de Mato Grosso, resultou em 5 prisões em flagrante e apreensões de armas de fogo, munições e veículos.

Coordenada pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais, e conta com apoio da Sema, Indea e das Diretorias do Interior e Atividades Especiais da Polícia Civil.

Em Feliz Natal e Nova Ubiratã, as equipes policiais prenderam 5 pessoas em flagrante pelos crimes de posse irregular e porte ilegal de arma de fogo e munições.

Quatro detidos, entre eles o vice-prefeito da cidade de Feliz Natal, Antônio Alves da Costa, tiveram as fianças arbitradas pelo crime de posse irregular e, depois do pagamento, foram liberados para responder ao inquérito em liberdade. Um preso por porte ilegal de arma de fogo será encaminhado à audiência de custódia da Justiça.

Cinco madeireiras da região estão entre os alvos da operação e foram bloqueadas, com as atividades suspensas por ordem da Justiça, até a conclusão das investigações. As equipes da Polícia Civil permanecerão na região até o levantamento necessário à continuidade das investigações.

(Foto: PJC MT)

Investigação

Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas investigadas por envolvimento na extração ilegal de madeira da Estação Ecológica Rio Ronuro, uma unidade de conservação estadual localizada no município de Nova Ubiratã.

A Dema apurou denúncias que chegaram à unidade apontando que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais na estação ecológica. No ano passado, a delegacia intensificou diligências para apurar as informações e identificar os responsáveis pelos crimes ambientais, que danificaram a vegetação nativa da estação.

A Polícia Civil levantou ainda que os envolvidos teriam se associado criminalmente para cometer os delitos ambientais, que vão de desmatamento e extração de madeira em área protegida ao comércio ilegal de produto florestal.

Segundo a Polícia Civil, a investigação apontou que o grupo investigado envolve agentes políticos e madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que estariam utilizando terceiros como “laranjas” para mascarar o comércio irregular da matéria-prima e burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.

“A associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense”, pontuou a delegada titular da Dema, Liliane Murata.

(Foto: PJC MT)

Números da operação

  • 5 presos em flagrante por porte ilegal e posse irregular de arma de fogo;
  • 4 armas de fogo (espingardas, revólver e pistola);
  • 150 munições;
  • 13 celulares;
  • 3 rádios HT;
  • 3 notebooks e computador;
  • 3 veículos (2 camionetes Hilux e um caminhão bitrem).

(Com Assessoria)

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