O juiz Geraldo Fidélis, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, intimou Alberto Jorge Toniasso a prestar esclarecimento quanto à prática ilegal de jogo do bicho. Em audiência, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que foi acusado de ter retomado o controle da jogatina ilegal, disse que Alberto teria tentado vender um dos pontos de jogatina à sua família.
O pedido para que o suposto bicheiro Alberto Jorge seja ouvido foi feito tanto pelo Ministério Público do Estado (MPE), quanto pela defesa de Arcanjo, patrocinada pelo advogado Zaid Arbid. Isso porque, inicialmente, o suposto bicheiro registrou em boletim de ocorrência dizendo que foi coibido a deixar a prática de jogo do bicho, supostamente a mando de Arcanjo.
João Arcanjo Ribeiro nega acusação
Em audiência no dia 2 de agosto, o ex-bicheiro negou a acusação. Disse que sofreu muito durante os 15 anos que ficou preso. “Não sou bobo de cometer esse crime de novo”, declarou em juízo.
Conforme Arcanjo relatou ao magistrado, na realidade, Alberto Jorge teria tentado vender um dos pontos de jogatina para seu genro, Geovane Rodrigues, que teria recusado a proposta. Segundo Geovane declarou ao juiz, respondeu à Alberto que a família “não trabalha com isso”. “Posso ser tudo nessa vida, menos bobo ou burro”, disse na audiência.
“Com a realização do ato, surgiu a necessidade, inclusive foi pedido pela defesa com a concordância do MPE, de se investigar o autor do protocolo dos documentos apócrifos”, diz trecho da decisão judicial.
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Assim, o juiz designou a oitiva de Alberto Jorge para o dia 13 de setembro, às 14h45. Além do suposto bicheiro, João Arcanjo Ribeiro também deverá comparecer, conforme a intimação.
