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“Não sou bobo de cometer esse crime de novo”, afirma Arcanjo em audiência

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“Não sou bobo de cometer esse crime de novo”, afirma Arcanjo em audiência
Foto: Ednilson Aguiar / O Livre

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi ouvido na tarde desta quarta-feira (2) pelo juiz da Segunda Vara Criminal, Geraldo Fidélis, a respeito das denúncias de que ele estaria descumprindo as regras do regime semiaberto, ao qual foi submetido em fevereiro deste ano, depois de 15 anos preso. Segundo a denúncia, ele estaria retomando as atividades do jogo do bicho em Cuiabá. Em audiência Arcanjo negou as acusações.

A audiência começou às 14h45. Inicialmente, uma liminar expedida pelo desembargador do Tribunal de Justiça Paulo da Cunha, em favor de Arcanjo e a pedido do ex-advogado, iria suspender a audiência. A atual defesa do ex-bicheiro, porém, pediu que a sessão fosse realizada, a fim de evitar seu retardamento.

Conforme Fidélis explicou, pesa contra Arcanjo duas petições informando sobre supostos crimes cometidos por ele, como a quebra das medidas cautelares e a gerência do Jogo do Bicho. O juiz apresentou a Arcanjo provas contidas na ação, eram fotos de dinheiro, cartelas e documentos. O magistrado explicou que as denúncias estão sob investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que também apura a volta da jogatina ilegal.

[featured_paragraph]Ao iniciar seu depoimento, Arcanjo disse que soube das acusações de forma superficial, mas negou o envolvimento nos crimes. Disse que sofreu muito durante os 15 anos que ficou preso. “Não sou bobo de cometer esse crime de novo”, alegou.[/featured_paragraph]

O ex-bicheiro contou ao magistrado que uma pessoa identificada como Alberto Jorge quis vender pontos de jogo de bicho para seu genro, Geovane, que não teria aceitado a proposta. O promotor de Justiça Rubens Alves de Paula, então, solicitou que o genro de Arcanjo participasse do depoimento.

O promotor perguntou ao genro de Arcanjo se ele conhecia o Alberto Jorge. Geovane, porém, disse que a pessoa foi indicada por um conhecido, que apenas perguntou se ele poderia recebê-lo para uma conversa.

No encontro, dentro do escritório da família de Arcanjo, localizado na avenida do CPA, Alberto Jorge ofereceu pontos de jogo do bicho. “A gente não trabalha com isso”, teria respondido Geovane, se referindo a suposta briga por concorrência. “Posso ser tudo nessa vida, menos bobo ou burro. Estou até estudando”, frisou o genro.

O ex-bicheiro solicitou que o juiz verificasse na imagem do setor de protocolos quem realizou a denúncia. Conforme o promotor, a denúncia não é anônima, porque foi protocolada em três datas diferentes com assinaturas semelhantes. Ele pediu que o setor de protocolo identifique o autor das denúncias. O pedido para verificar junto às imagens das câmeras quem seria o denunciante foi acatado pelo juiz Geraldo Fidelis.

Arcanjo reafirmou que está à disposição para esclarecer os fatos. Por determinação do juiz, Alberto Jorge também deverá ser ouvido, em audiência agendada para o dia 3 de setembro.

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