Menos de 18% dos brasileiros têm condição de trabalhar de forma remota. A constatação é do Iinstituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o motivo, em boa parte dos casos, não tem a ver com o trabalho em si, mas com as condições do domicílio.
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o Brasil poderia atingir um potencial de 25,5% dos trabalhadores em home office, se todos eles tivessem uma infraestrutura mínima em casa, o que inclui computador, acesso à internet e até energia elétrica de forma contínua.
Os dados do Brasil, aliás, estão bem abaixo de países desenvolvidos, conforme reportagem do portal G1. Nos Estados Unidos, pelo menos 37% dos trabalhadores têm potencial para aderir ao home office. No Reino Unido e Suécia, esse percentual é de 31%.
E na pandemia?
O estudo da FGV afirma que, mesmo no auge da pandemia, o trabalho remoto foi possível para somente 10,4% dos trabalhadores.
Na época, a estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) era de que o país atingisse um potencial de 22,7% dos brasileiros trabalhando remotamente. O levntamento da FGV, no entanto, teria considerado dados ignorados naquele momento.
Enquanto o Ipea teria considerado somente a natureza do trabalho, a FGV levou em consideração as condições do trabalhador, se embasando em dados de pesquisas do IBGE.