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Barroso diz que votos no Brasil “já são auditáveis”

Presidente da Justiça Eleitoral afirma que retorno ao voto impresso custaria R$ 2 bilhões a mais e aumentará o risco de fraudes

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Barroso diz que votos no Brasil “já são auditáveis”
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse que os votos de eleitores no país já são auditáveis. Segundo ele, cerca de 10 itens de testes são passados por urnas eletrônicas e o sistema de registro e transmissão de dados. 

Os testes seriam realizados a partir do ano às vésperas das eleições e incluiriam de exposição do software a tentativas de invasão de hacker, à lacração do sistema, que trava em caso de infiltração. 

“Eu vou ressaltar isso, porque às vezes parece que votos não são auditáveis, mas já são. Temos o teste de segurança pública, que chamamos técnicos para tentar invadir o sistema e corrigimos o sistema em caso de falhas, apresentação do sistema aos partidos, a assinatura digital pelo presidente do TSE e a lacração”, afirmou. 

O ministro participou de um debate na Câmara Federal nesta quarta-feira (9), sobre mudanças nas regras para as eleições gerais de 2022. Barroso disse que, desde a implantação da urna eletrônica, em 1996, não há ocorrência de manipulação do resultado das eleições no Brasil. 

Voto impresso 

Ele afirmou ainda que o eventual retorno para o voto impresso depende da decisão do Congresso Nacional e cabe ao TSE cumprir as leis em vigor. Mas, ressaltou que os custos das eleições vão aumentar em cerca de R$ 2 bilhões e alargará a probabilidade de fraudes. 

“O sistema eletrônico pôs fim ao coronelismo que existe no país. A intervenção humana sempre foi a causa da corrupção eleitoral. Estamos falando de transportar 150 milhões de votos impressos num país em que se rouba carga, já tivemos o voto formiguinha e não realizamos o censo 2020 por falta de recurso”, pontuou. 

Os deputados federais debatem a possibilidade de reinserção do voto impresso no país a partir das eleições 2022, como alternativa ao risco de fraude ao sistema eletrônico da Justiça Eleitoral. 

Conforme o ministro Barroso, a mudança não tornaria as eleições independentes do sistema eletrônico, visto que os votos impressos seriam comandados pelas urnas. 

“Se o risco é o sistema eletrônico, o voto impresso continuará a depender das urnas, que serão as responsáveis pelo comando de impressão dos votos”, disse.

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