Mato Grosso

Votando aos 87 anos, pai de Arthur Nogueira acompanha o filho até a urna

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Votando aos 87 anos, pai de Arthur Nogueira acompanha o filho até a urna

Em apoio ao filho, o aposentado Miguel Inácio Pernambuco Nogueira, de 87 anos, logo depois de votar na Escola Estadual Siqueira Caldas, no Poção, partiu rumo ao bairro Goiabeiras. Quando o candidato ao Governo de Mato Grosso, Arthur Nogueira (Rede), chegou ao local de votação, seu pai, que beira os 90, já estava lá.

O pai do candidato acabou chamando a atenção, não só pela idade, mas também pela dificuldade de chegar até lá. Com o apoio de um andador, subiu a rampa acompanhado da mulher, Eunita Nogueira, e das filhas.

“E eu vou em frente, sigo votando. Porque eu quero uma vida melhor. Voto todo ano”, disse. O eleitor, que votou pela primeira vez em Eurico Gaspar Dutra – o único mato-grossense que chegou à presidência -, é claro, declarou que votou no filho. “Ele é um ótimo candidato. Viu como nos debates ele enrolou todos os outros?”, se divertiu.

Segundo ele, o filho se candidatou contra sua vontade. Mas o apoia. “Só peço que ele seja honesto, que tenha caráter e moral”.

Chegando logo depois, Arthur comentou: “meu pai conheceu a velha política e ele teme que todo mundo que entra se contamina. Mas vota, mesmo com dificuldade de mobilidade. Ele faz isso porque acredita que é possível mudar”.

“A minha proposta é esta, fazer a diferença e não ser só mais um. Essa é uma das minhas principais características. É isso que quis mostrar para a população. Vamos ver se ela entendeu o que ela mesmo pediu. Estou dando uma oportunidade de mudar o cenário, afinal, costumam prevalecer os que já estão no mandato”.

Dos voos comerciais à primeira lotérica de Cuiabá

Miguel Inácio compareceu à sessão ao lado da mulher e mãe do candidato, Eunita Nogueira. Os dois já somam 52 anos de casados. Ele conta que nasceu em Belém do Pará e que a família tem história na política também.

“Um avô, o Miguel Pernambuco, foi governador do Pará e o Inácio Nogueira, foi senador no Pará. Viu de onde vem meu nome?”, brincou. “Meu avô, que era senador, foi expulso do Pará, pela ditadura de Getúlio”, lembrou.

Aos seis anos, a família saiu do Pará e ele morou em outras cidades, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, onde chegou aos 18 anos. Foi lá que começou a carreira como piloto comercial, trabalhando em companhias aéreas como a Varig, Vasp e Cruzeiro.

“Daí me aposentei aos 65 anos. E montei a primeira lotérica de Cuiabá, na rua Ricardo Franco. Fui eu também que idealizei o sindicato dos lotéricos”, se orgulha. Ele conta que também ganhou 17 vezes nos bolões da loteria esportiva. “Mas não deu para ficar rico”, brinca.

O senhor de 87 anos, tem seis filhos, oito netos e 9 bisnetos. “Mas eu quero tataranetos”. Além de comer de tudo, ele acredita que o segredo da longevidade é saber viver. “Não adianta esquentar a cabeça”, sentencia.

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