O vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB) negou sua influência em eventos das casas de show investigadas por suposta ligação com o crime organizado. Ele afirmou que as empresas apontadas na Operação Ragnatela já tinham sido autuadas por indícios de irregularidades.
Paulo Henrique publicou ontem (5) nas redes sociais uma nota de esclarecimento sobre o seu suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro por facção criminosa. As casas de show seriam usadas para o crime.
“Jamais exerci qualquer poder de influência na liberação de eventos, pois tal atribuição não compete ao meu cargo. Recordo que as casas de show citadas tiveram diversas fiscalizações e foram inclusive autuadas”, disse.
Ele afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco) e só irá se defender após ter conhecimento de como o seu nome apareceu nas investigações policiais.
“Até o momento, a única informação oficial disponível é a da autoridade policial, que mencionou a necessidade de mais informações sobre os fatos que envolvem a minha pessoa. Não tenho relação com os fatos que assessores realizam em sua vida particular”, declarou o vereador.
A Polícia Civil também identificou o envolvimento do promotor de eventos Rodrigo Leal no suposto esquema criminoso. Rodrigo é servidor da Câmara dos Vereadores de Cuiabá.
Segundo os dados da quebra do sigilo bancário, Rodrigo teria movimentado cerca de R$ 24 milhões entre 2021 e 2022, em sua conta pessoal, mesmo tendo informado à Receita Federal a renda anual de R$ 95 mil no período. Ele exercia a função de cerimonial na Câmara e foi demitido ontem pela presidência.
