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Tribunal de Justiça abre investigação sobre escutas

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Tribunal de Justiça abre investigação sobre escutas

Ednilson Aguiar/O Livre

 Desembargador Rui Ramos Ribeiro, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso

Presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, determinou apuração dos fatos

O Tribunal de Justiça abriu um procedimento interno para apurar a atuação do Judiciário no caso dos grampos ilegais feitos por policiais militaresSegundo a assessoria do tribunal, trata-se de um procedimento amplo para apurar o que e de que forma ocorreram os fatos. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, não deve se pronunciar até o final do procedimento, que está sendo realizado em sigilo. O esquema começou nas eleições de 2014. Em 2015, novos nomes foram incluídos nas escutas. 

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira foi o responsável por autorizar a realização das escutas quando atuava na vara criminal em Cáceres (217 km de Cuiabá). Hoje, ele atua na 2ª Vara da Infância e Juventude em Cuiabá. O magistrado pediu uma licença de três dias a partir de sexta-feira, 12, para “cuidar de assuntos pessoais”. O afastamento veio um dia após as primeiras informações sobre o caso começarem a circular na imprensa local pela presença de uma equipe do Fantástico, que exibiu uma reportagem sobre o assunto no domingo.   

As escutas ilegais vieram à tona na última semana e culminaram na saída do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB). Advogados, jornalistas, médicos, políticos, um desembargador e assessores parlamentares foram grampeados.
 
Entre os telefones, estão números pertencentes à deputada estadual Janaína Riva (PMDB), ao advogado eleitoral ligado ao PMDB José do Patrocínio, ao ex-vereador, Clovito Hugueney (falecido), ao jornalista José Marcondes “Muvuca”, ao desembargador aposentado José Ferreira Leite, a um assessor do deputado Wagner Ramos e até mesmo a uma ex-amante de Paulo Taques, entre outros. Eles teriam sido interceptados entre o período eleitoral de 2014 e 2015.
 
Os números forma incluídos em uma investigação sobre tráfico de drogas realizada em Cáceres em um esquema chamado de “barriga de aluguel”.
 
O caso foi denunciado pelos promotores Mauro Zaque e Fábio Galindo, que à época eram secretário e adjunto da pasta de Segurança Pública do governo estadual, respectivamente. Zaque afirma ter avisado o governador Pedro Taques, por diversas vezes, sobre os grampos. O governador refuta essa versão.

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