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Alta Floresta: Médico denuncia hospital após ser demitido

Profissional disse que faltam medicamentos, insumos e clareza na distribuição dos pacientes particulares e do SUS

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Alta Floresta: Médico denuncia hospital após ser demitido
(Foto: Imagem Ilustrativa/ D)

Um médico foi demitido de um hospital particular em Alta Floresta (790 km de Cuiabá) e fez denúncias graves nas redes sociais sobre a falta de estrutura da unidade, bem como uma suposta “mistura” entre pacientes que ocupam os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e particulares.

Vinte e cinco leitos de UTIs que funcionam hoje na unidade foram compradas pelo SUS e têm o funcionamento contratualizado com a prefeitura da cidade, ou seja, pago com o dinheiro público.

A unidade já foi alvo de uma matéria publicada no LIVRE, na qual uma família questionou o custo para se internar um paciente em um leito privado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Naquela ocasião, o hospital cobrou R$ 110 mil para receber o paciente.

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Pelas redes sociais, Wagner J. Miranda Jr disse que foi sumariamente demitido após questionar a direção da unidade sobre a carência de medicamentos e equipamentos para se fazer o tratamento dos pacientes.

Denunciou ainda que o hospital estaria fazendo uma “maquiagem” dos espaços para passar nas auditorias do SUS, trazendo ventiladores de outras UTI’s para compor o ambiente na presença dos fiscais. Quando eles vão embora, os equipamentos são retirados.

Repercussão

O caso gerou grande repercussão na cidade porque o médico iniciou as denúncias pela caixa de mensagens do programa Olho Vivo, da TV Nativa que foi ao ar nessa segunda-feira (12).

A equipe de jornalismo da emissora divulgou no portal de notícias da empresa que o médico teria marcado uma entrevista exclusiva para esta terça-feira (13) porque ontem (12) iria ao Ministério Público do Estado, prefeitura e também na delegacia de Polícia da cidade.

Encaminhamentos

O promotor de Justiça Luciano Martins da Silva informou que já ouviu o médico Wagner J. Miranda Júnior e o servidor público responsável por fiscalizar o contrato entre a prefeitura e o hospital.

A partir dos depoimentos, encaminhou um ofício solicitando a instauração de um inquérito policial e também abriu um inquérito civil para apurar as informações sobre a falta de medicamentos e insumos (sedativos, oxigênio e respiradores).

Silva ainda que irá requisitar uma vistoria da equipe do escritório regional da Secretaria de Estado de Saúde no hospital para que as irregularidades sejam constatadas.

O que diz o Hospital?

A equipe do LIVRE entrou em contato com o Hospital, mas foi informada pela atendente que o responsável por esclarecer o caso estaria presente na unidade apenas no período da tarde. Então, foi deixado o telefone de contato do site e o espaço continua aberto para manifestações.

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