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Testemunha e seu filho estavam correndo risco de vida, afirma delegada

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Testemunha e seu filho estavam correndo risco de vida, afirma delegada

PJC-MT

Delegada Ana Cristina Feldner

Responsável pelo pedido de prisão de oito pessoas na manhã de hoje (27), a delegada Ana Cristina Feldner, chefe da investigação do suposto esquema de grampos ilegais no seio do governo estadual, apontou o “possível envolvimento de promotor[es] de justiça na organização criminosa”.

CONFIRA O PEDIDO E A DECISÃO, NA ÍNTEGRA

Segundo ela, a urgência nos pedidos de prisão – acatados pelo desembargador do Tribunal de Justiça Orlando Perri –, se deu porque a testemunha José Henrique Costa Soares, como também o seu filho, estariam correndo risco de vida. Soares era o escrivão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o caso.

“De acordo com depoimento prestado pela testemunha Ten-Cel. Soares, ao que parece, não cuidava de um único membro do Ministério Público Estadual, e, sim, que haveria um ‘grupo do Ministério Público’ interessado em meu afastamento das investigações”, escreve ela.

“O segundo ponto, e não menos importante, refere-se ao fato de que o Ministério Público Estadual tem levado em média sete dias para se manifestar sobre pedidos deste jaez, o que, no caso concreto, em razão de sua urgência, poderá prejudicar o cumprimento das diligências, colocando em risco, inclusive, a integridade física e moral da testemunha José Henrique Costa Soares, como também a do seu filho, também ameaçado por membro da organização criminosa”, afirmou.

Cooptado

Soares declarou em seu depoimento que, uma semana após ter assumido o posto de escrivão do IPM, foi procurado pelo advogado Marciano Xavier das Neves, que o avisou que a esposa do Coronel Lesco, Helen Christy, teria “informações a seu respeito”.

O escrivão então marcou um encontro com Helen para saber do que se tratava. Nesta ocasião, segundo o depoimento, ela disse que a Secretaria de Segurança Pública “tinha posse de interceptações e vídeos dos quais revelam sua dependência química”.

O militar contou ter ficado surpreso, pois a informação não era de conhecimento de seus superiores e poderia “encerrar definitivamente sua carreira”. Quem sabia do fato, segundo ele, era Paulo Taques, pois havia sido seu advogado em uma causa particular.

“Conhecendo-os, fácil foi subjugar o Ten.Cel. Soares, um homem cuja situação de dependência química – que busca superar – o fragilizava e o colocava de joelhos”, avaliou a delegada, em sua petição.

Assim, para não ver sua situação pessoal exposta, Soares disse que concordou em ser um “informante” do grupo, tendo gravado uma reunião da qual participaram o oficial responsável pelo IPM, o coronel Jorge Catarino, o desembargador Orlando Perri e a delegada Ana Cristina.

“QUE, então, aproveitou a oportunidade para gravar a reunião em áudio, atendendo as exigências que lhe foram feitas; QUE foram 2hs de gravação em seu celular”, disse o militar.

 

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