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Taques critica condenação prévia de acusados

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Taques critica condenação prévia de acusados

Ednilson Aguiar/O Livre

Governador Pedro Taques

Governador Pedro Taques defendeu que suspeitos de ilícitos tenham direito à ampla defesa

“Cometeu ilícito, tem que ser responsabilizado”. Com esta frase, o governador Pedro Taques respondeu a questionamentos sobre o escândalo das escutas telefônicas clandestinas em Mato Grosso e sobre a crise política brasileira, que afeta o governo Michel Temer (PMDB) e seu próprio partido, o PSDB.

Em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta terça-feira (18), o tucano defendeu, todavia, que todos os casos sejam investigados e criticou a condenação prévia dos acusados. “Estamos vivendo um momento em que porque um cidadão é investigado, ele já é considerado culpado. Temos que dar o direito à ampla defesa”.

Acerca do caso dos grampos ilegais, cujas suspeitas pairam sobre alguns membros de seu governo, Taques afirmou ter lido “todos os documentos da investigação” e entendido que pode continuar confiando nos secretários acusados de envolvimento, como o ex-chefe e o ex-adjunto da Casa Militar, os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, presos no último dia 23.

“Li com cabeça, não de governador, mas com cabeça de professor de processo penal. Não é porque passei a ser governador, que fiquei burro, que esqueci o que aprendi na faculdade. Tem coisas ali que precisam ser desvendadas. Mas eu espero que eles sejam soltos logo”, afirmou.

A mesma linha de pensamento foi externada pelo governo quanto ao caso do senador por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB). Na avaliação de Taques, o correligionário precisa ter a oportunidade de apresentar suas explicações. “No início de agosto, a Executiva vai tratar da permanência dele no partido”, antecipou.

Já quanto ao caso Michel Temer, que pode passar a figura de investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ser acusado pelo empresário Joesley Batista – um dos donos da JBS – de receber dinheiro desviado, Taques disse defender que o PSDB apoie as reformas propostas e não o governo em si.

O govenador voltou a defender, entretanto, que uma decisão de rompimento com o governo Temer só pode ser tomada pela Executiva Nacional do partido, com a participação, principalmente, dos hoje ministros que são filiados ao PSDB. “O que eu defendo é que sejamos favoráveis as reformas trabalhista, previdenciária, etc. A Executiva decide, mas defendendo as reformas”, disse.

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