Quase 40 milhões de processos que tramitaram nos últimos 4 anos no Brasil foram identificados com erros, revelando um desafio significativo para a eficiência do sistema judiciário. Dados compilados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) destacam que falhas como falta de documentação, dados incorretos e problemas na categorização jurídica dificultam a atuação dos servidores e contribuem para a morosidade processual.
Desde 2020, o CNJ monitora a presença de inconsistências nos processos em todo o país. A análise abrange demandas que se estenderam por décadas, refletindo a complexidade do desafio. Dos mais de 195 milhões de processos analisados, quase 40 milhões apresentaram erros até novembro de 2023, evidenciando a necessidade de aprimoramento nos registros judiciais.
Os tribunais estaduais enfrentam desafios significativos na correção de processos com erros. Em estados como Alagoas e São Paulo, as taxas de processos com problemas atingem 31,2% e 24,3%, respectivamente, do total analisado.
As estatísticas foram divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo e, segundo a publicação, advogados e juízes destacam a frequência de erros causados por informações imprecisas fornecidas pelos clientes. A falta de integração entre os sistemas judiciais e governamentais também é apontada como um obstáculo à identificação de documentos falsos. Profissionais do direito também enfatizam a necessidade de um sistema único de petição de ações para facilitar a tramitação dos processos em todo o país.
