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Secretário de Segurança presta depoimento sobre suposta obstrução da Justiça

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Secretário de Segurança presta depoimento sobre suposta obstrução da Justiça

Ednilson Aguiar/O Livre

secretário Rogers Jarbas

O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, prestou depoimento nesta quarta-feira (6/9) em um inquérito que apura duas tentativas de obstrução da Justiça. Rogers foi ouvido pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável por esta e outras investigações no caso dos grampos telefônicos conhecidos como “barriga de aluguel”.

Rogers é investigado por determinação do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O secretário é suspeito de agir para obstruir as investigações contra membros da cúpula do governo estadual no caso dos grampos.

O secretário convocou a delegada Alana Cardoso para interrogatório em maio na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). A ação teria sido feita sem observância dos devidos trâmites e Rogers teria feito questionamentos, inclusive, sobre o promotor Mauro Zaque. Ele não teria prerrogativa para investigar um membro do Ministério Público Estadual (MPE) – Zaque foi o responsável pela denúncia inicial do caso.

Alana foi a encarregada de investigações na Operação Forti, na qual interceptações ilegais teriam sido feitas a pedido do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques. A publicitária Tatiana Sangalli, ex-amante dele, e Caroline Mariano dos Santos, sua ex-secretária, tiveram telefones interceptados.

Além disso, Perri também busca apurar se o secretário encaminhou uma cópia do inquérito sigiloso que investiga a possível participação de Paulo Taques no caso. Rogers enviou um pedido ao delegado Flávio Stringueta, que diz ter se negado a fornecer a cópia – ele, contudo, diz que o secretário repassou a informação sigilosa mesmo assim. Rogers nega qualquer ato ilícito.

O caso
As interceptações telefônicas conhecidas como “barriga de aluguel” teriam sido realizadas por militares de Mato Grosso contra diversas autoridades e profissionais do Estado. Telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), dos advogados José Antônio Rosa e José do Patrocínio, do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do jornalista José Marcondes “Muvuca”, entre outros, teriam sido interceptados ilegalmente no caso.

Os números foram inseridos em diversas operações policiais com as quais as pessoas interceptadas não guardavam qualquer relação.

Mauro Zaque afirma que o governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento das escutas, o que é negado pelo chefe do executivo.

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