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Rodrigo Maia recebeu R$ 1 milhão em propina, diz PF

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Rodrigo Maia recebeu R$ 1 milhão em propina, diz PF

A Polícia Federal concluiu investigação sobre o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Operação Lava Jato e apontou indícios de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A informação foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

A investigação da PF teve origem em mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

Segundo o inquérito da PF, em troca de propina de R$ 1 milhão, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como apresentar uma emenda à uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora.

O Jornal Nacional informou que Rodrigo Maia pediu à empreiteira doações eleitorais no valor de R$ 1 milhão em 2014. O dinheiro teria sido repassado oficialmente à campanha de César Maia, pai do presidente da Câmara.

Os investigadores suspeitam de que a estratégia foi usada para ocultar a origem da propina da empreiteira. A PF sustenta que há “fortes indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro” por parte de Maia.

À reportagem do Jornal Nacional, Maia afirmou que “nunca recebeu vantagem indevida para votar qualquer matéria na Câmara”. Segundo ele, “ao longo dos cinco mandatos como deputado federal, sempre votou de acordo com orientação da bancada ou com a própria consciência”.

Defesa
Nesta quinta-feira, 9, os partidos da base governista e da oposição saíram em defesa do presidente da Câmara. Os líderes partidários dizem que é preciso investigar a denúncia, afirmam que é prematuro tomar qualquer iniciativa contra o deputado neste momento e defendem a apresentação de provas concretas.

O líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), declarou que é complicado trabalhar com “ilações” agora, mas que se houver comprovação da denúncia, a permanência de Maia na presidência da Casa ficaria incompatível com o exercício do cargo. “Se for réu a gente afasta, essa é a regra do PPS. Antes disso, é prematuro”, comentou.

O líder do PT, Carlos Zarattini (SP), disse que seu partido foi vítima de vazamentos seletivos e que é preciso saber quais são os indícios fortes contra Maia. O petista defendeu que se há dúvidas sobre o presidente da Câmara, que haja investigação e divulgação oficial do que for apurado. “Acusar sem provas não concordamos, seja político do PT ou de qualquer lugar”, enfatizou.

(Com Agência Estado)

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