O Partido dos Trabalhadores está sendo beneficiado com o “racha” do União Brasil, envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho e o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia – ambos com interesse de disputar a prefeitura de Cuiabá em 2024 pela sigla.
O entendimento é do deputado estadual Lúdio Cabral, que também é pré-candidato ao Executivo Municipal.
“Se eles não se entenderem dentro do União Brasil e o Botelho for buscar outro partido, eu, sinceramente, não vejo problema nisso. Nós teríamos mais opção para a população da cidade e para nós, que estamos no campo mais centro-esquerda. Acaba sendo positivo”, afirma Cabral.
Essa semana a discussão avançou. O governador Mauro Mendes, que é o presidente do União Brasil, se reuniu com Botelho e Fábio para definir critérios de escolha entre ambos.
A proposta inicial é uma pesquisa “qualitativa”, que deve avaliar muito mais do que percentual de votos, mas também o perfil do prefeito ideal para os cuiabanos.
A proposta agrada Fábio Garcia, mas nem tanto Botelho, que já admitiu a possibilidade da mudança de partido pelo fato de não existir mais a possibilidade de recuou.
“O partido se divide entre os dois nomes e, na minha opinião, isso fortalece o campo progressista. Nós teremos uma candidatura de extrema-direita e a direita pode vir dividida. Já a esquerda, se conseguir manter uma unidade, se fortalecerá para a disputa de um eventual segundo turno”, completou Lúdio em sua linha de raciocínio.
Além de PT e União Brasil, também lançou sua pré-candidatura o deputado federal Abílio Brunini (PL) e o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV).
Lúdio também enfrenta a ex-deputada federal Rosaneide (PT) pelo direito de representar a esquerda no pleito municipal.
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