Ednilson Aguiar/O Livre
O ex-senador Jayme Campos (DEM) sinalizou, pela primeira vez, que pode disputar as eleições de 2018. Atualmente secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Jayme disse que sua prioridade é ajudar a gestão da mulher, a prefeita Lucimar Campos (DEM). No entanto, admitiu que, no futuro, pode se candidatar, “se esse for o desejo dos aliados”.
“Meu compromisso é ajudar Lucimar a fazer um trabalho exitoso. É isso que eu quero. Não tenho vaidade nenhuma. Eu sou um homem despojado. E na medida em que o partido me convocar para servir à sociedade… No momento certo, se os companheiros e partidos aliados quiserem nossa participação, vamos estudar essa possibilidade”, admitiu.
Jayme não disse a qual cargo poderia concorrer, mas citou que está “navegando numa faixa razoável” nas pesquisas para governo e Senado, mesmo antes de admitir a possibilidade de se candidatar. “O velhão está pronto aqui, de chuteira nova”, afirmou. “Não é fraco, não. Tem café no bule, toicinho para queimar. Tem que estar preparado para qualquer evento.”
Aliado do governador Pedro Taques (PSDB), Jayme descartou ser vice dele. A especulação sobre essa possibilidade surgiu em função dos rumores de que o atual vice, Carlos Fávaro (PSD), possa disputar uma vaga de senador nas próximas eleições. “Ele está muito bem servido com um vice do calibre, do estofo do Fávaro. E vice tem que ser convidado. Não acho que ele vai me convidar. Não tem porquê”, disse.
Antes, Jayme vinha repetindo o discurso de que ainda era muito cedo para tratar dos nomes que disputarão as próximas eleições, usando o que já se tornou seu jargão: “Vamos aguardar o ano que vem para saber quem vai estar vivo, não vai estar preso nem de tornozeleira”.
O ex-senador destaca o fato de não ter sido alvo de nenhuma operação ou delação premiada até o momento. “Jayme Campos fora 100%. Sem envolvimento com nada”, disse.
E defendeu o irmão, o ex-deputado Julio Campos (DEM), delatado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O delator afirmou que comprou o apoio dos candidatos do DEM na campanha eleitoral de 2010, dando R$ 4 milhões a Julio. “Pode ser que alguma pessoa do DEM tenha recebido. Mas Julio falou que a mão dele pode secar, que ele não pegou um real”, disse.