Ednilson Aguiar/O Livre
Obra do VLT está paralisada desde 2014: se depender de pagamento a consórcio, ela continuará como está
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou, durante entrevista ao programa Pop Show, da TV Band, que não vai pagar mais nem um real para o consórcio VLT Cuiabá, responsável pelas obras do Veículo Leve sobre Trilhos. Ele lembrou que já foram pagos R$ 1,066 bilhão ao consórcio pela obra ainda inacabada, em função de os trilhos terem sido entregues e pagos antes da obra física. O contrato total é no valor de R$ 1,477 bilhão.
“Eu não dou um real do Estado para a empresa. Porque o Silval disse na delação que deu dinheiro para a empresa”, declarou Taques durante entrevista ao programa Pop Show, da TV Band. “Nós estávamos para iniciar as obras do VLT no dia 1º de abril, Dia da Mentira. Mas aí veio a delação. Agora não pode, porque está na delação”, completou.
O ex-governador Silval Barbosa (sem partido) delatou à Procuradoria Geral da República (PGR) que fez um acordo com o consórcio em troca de propina. Por isso, segundo ele, o pagamento dos vagões foi feito logo no início. A delação premiada do ex-gestor deu origem à Operação Descarrilho, da Polícia Federal, que investiga fraudes na licitação e contrato da obra do VLT.
O governo ainda deve R$ 20 milhões ao consórcio. Esse valor é reconhecido pela Caixa Econômica Federal, de um percentual da obra que foi verificado nas medições, mas não chegou a ser pago.
A obra está paralisada desde dezembro de 2014. Depois da operação, o governo atual deu início ao processo de rescisão do contrato. Além disso, a Controladoria Geral do Estado (CGE) abriu processos para responsabilizar as empresas