Ao chegar na solenidade de diplomação dos políticos eleitos, promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) na noite desta segunda-feira (17), o governador eleito Mauro Mendes (DEM) disse que o governador Pedro Taques (PSDB) não foi “republicano” ao decidir não encaminhar o projeto de reforma administrativa proposto por ele, na terça-feira passada (11), à Assembleia Legislativa (ALMT).

“É lamentável. Não é um ato muito republicano, mas ele é o governador até o dia 31 de dezembro, e ele tem a prerrogativa legal de fazer o encaminhamento, ou não, de projetos de exclusiva competência do Executivo”, disse.

Mauro repetiu a declaração de Taques, que, ao comunicar que não iria encaminhar o projeto, observou que “querendo alguns ou não”, ele ainda é o chefe do Executivo.

O governador eleito ainda disse lamentar que Taques “não pode atender ao pedido”, mas acrescentou que, no dia 2 de janeiro, um dia após sua posse, vai ele mesmo encaminhar o projeto à Assembleia.

A resposta ao pedido de Mauro foi comunicada por Taques nesta segunda-feira, durante vistoria às obras de reforma do Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá. Ao justificar a negativa, Taques observou que “só toma as decisões que entende necessárias” e que não poderia entregar o projeto sem analisá-lo.

O documento foi entregue por Mauro Mendes ao governador na terça-feira passada, com uma proposta de reduzir de 24 para 15 secretarias estaduais, além de extinguir algumas autarquias.

Sem dinheiro para dívidas

Na solenidade desta noite, Mauro também pontuou que, hoje, uma das maiores dificuldades do Estado seria a dívida com fornecedores, e observou que a situação tem afetado serviços essenciais. “Viaturas que já estão sendo recolhidas, e a segurança pública está sendo comprometida”, exemplificou.

O governador eleito também rebateu recentes alegações do atual secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho, sobre o rombo nos cofres estaduais, e ponderou que a falta de dinheiro em caixa é uma “triste” e “dura” realidade em Mato Grosso.

“É melhor reconhecer que o Estado de Mato Grosso está numa triste e dura situação financeira. Seria mais digno e mais honroso para todos nós, principalmente para aqueles que estão hoje nessa posição”, disse, acrescentando que não espera que a situação mude até sua posse.

Conforme o governador eleito, medidas “muito duras” deverão ser tomadas para que possam buscar o equilíbrio financeiro do Estado. Questionado, disse que as medidas ainda estão sendo estudadas, mas que serão norteadas pela regra de diminuir despesas e propiciar o aumento de receitas.

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