Gabriele Schimanoski
O governador Pedro Taques, o secretário de Infraestrutura Marcelo Duarte e o ministro Blairo Maggi participaram da posse da FPA
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), não quis fazer coro ao restante de seu partido e negou fazer oposição ao governo Pedro Taques (PSDB). Ao mesmo tempo, porém, preferiu não declarar apoio ao tucano e deixou abertas as possibilidades para 2018.
“Até as eleições, teremos tempo de nos arrumar. Eu não faço parte nem do bloco de governo nem do bloco de oposição”, afirmou o ministro, durante a posse do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, em Brasília (DF), na noite de terça-feira (14).
Maggi disse que vai “ajudar o Estado”, independentemente de sua posição. “O que disse ao governador Taques é que ele pode contar comigo. Jamais tomarei alguma atitude para atrapalhar a economia e a política do estado”, disse.
No sábado (11), Maggi participou do encontro estadual do PP em Cuiabá. Na segunda-feira (13), o presidente estadual do partido, o deputado federal Ezequiel Fonseca, anunciou que a sigla havia desembarcado do governo Taques. O deputado ainda lançou o secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller (PP), como pré-candidato a governador.
“Estamos começando uma nova construção. Hoje o PP enxerga que o projeto do Pedro Taques fracassou. A tendência hoje é que nós não estejamos com Taques em 2018. Não sou só que penso assim. Há decepção por toda a parte. Fracassou na saúde, por exemplo”, disse Ezequiel na ocasião.
Presidência da República
Blairo Maggi voltou a negar que tenha o projeto de disputar a Presidência da República. Apesar de ser mencionado com frequência como pré-candidato pelos correligionários, inclusive o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
“Um projeto de presidente não é para quem quer. Um projeto de presidente se constrói naturalmente, vai se encaminhar para quem tiver as melhores condições de disputar no momento. Eu não sou candidato, não tenho projeto de ser candidato, e vou continuar fazendo o meu trabalho no Ministério da Agricultura. É o compromisso que eu tenho com o presidente Temer, com a nação e com os produtores brasileiros”, declarou.
