Judiciário

Homem que matou ex-namorada na frente do filho é condenado a 20 anos de prisão

A jovem foi assassinada no dia 16 de março deste ano, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá, com 16 facadas

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Homem que matou ex-namorada na frente do filho é condenado a 20 anos de prisão
(Imagem: reprodução)

O réu Antônio Aluízio da Conceição Maciano, 20 anos, foi condenado ontem (10), a 20 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado praticado contra a sua ex-namorada, Emilly Bispo da Cruz, 20 anos. O réu está preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Segundo o promotor de Justiça que atuou em plenário, Vinícius Gahyva, todas as qualificadoras apresentadas pelo MPMT foram acolhidas por unanimidade pelos jurados. Além do feminicídio, o entendimento foi de que o crime foi cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Também pesaram contra o réu o fato de o crime ter sido “friamente planejado e executado de forma atroz e covarde”, enfatizou a magistrada Mônica Catarina Perri Siqueira, em um trecho da sentença.

Ela ressaltou ainda que a dinâmica do crime revelou que durante toda a ação criminosa a vítima se manteve de mãos dadas com o filho, tentando protegê-lo do ataque.

“Assim sendo, notadamente, diante do excessivo número de golpes de faca desferidos pelo réu (14), é evidente que no caso concreto a integridade física da criança também foi colocada em risco”.

Feminicídio

Emilly foi morta no dia 16 de março deste ano com golpes de faca, em uma rua do Bairro Pedra 90, em Cuiabá, no momento em que levava o seu filho para a escola.

Testemunhas relataram que, desde o mês de dezembro de 2022, a vítima estava se sentindo amedrontada com as atitudes do ex-namorado. Além de agressões físicas, a jovem teria sido mantida em cárcere privado.

O réu, conforme apurado durante o inquérito, apresentava um comportamento controlador, intimidatório e excessivamente possessivo em relação à vítima, fazendo com que ela, inclusive, decidisse, poucos dias antes do crime, dormir na residência de vizinhos.

De acordo com as investigações, Emilly Bispo da Cruz e Antônio Aluízio da Conceição Maciano se relacionavam esporadicamente, tendo ele se recusado no início do envolvimento a assumir uma relação mais duradoura com ela, abstendo-se também de conhecer os seus familiares, sob o argumento de que a ofendida possuía uma criança e que não queria ter nenhuma responsabilidade com o menor.

(Com Assessoria)

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