“O governo tomou medidas para quebrar os paradigmas de falência ética e moral do Estado e estamos muito seguros que fizemos a coisa certa”. A declaração foi dada pelo secretário-chefe da Casa Civil e coordenador da equipe de transição da atual gestão, Ciro Rodolpho Gonçalves, após a primeira reunião entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o futuro chefe do Executivo Estadual, Mauro Mendes (DEM).
“O governo está tranquilo. Foi um governo controlador, que ofendeu interesses de empresários, mas isso não fez com que dessemos um passo atrás, seguimos marchando. Fizemos isso e temos uma colheita disso. Uma coisa é avaliação eleitoral, isso é democracia e a gente respeita, mas as outras questões de delações e pedidos de afastamento, estamos muito seguros que fizemos a coisa certa”, disse ele, em nome do governo.
A declaração do secretário-chefe diz respeito a delação do empresário Alan Ayoub Malouf, que traz diversos episódios de supostos esquemas que teriam alimentado caixa dois na campanha de Taques em 2014, bem como ao pedido de afastamento do governador protocolado na Assembleia Legislativa pela deputada estadual Janaina Riva (MDB), com base no vazamento da delação.
Questionado sobre o silêncio de Taques após a derrota nas urnas, Ciro Rodolfo ponderou que é natural. “Não só derrotados, mas vencedores também passam por um processo de recuperação física e psicológica depois de uma eleição. Estamos trabalhando normalmente, talvez não nos vejam falando com tanta frequência, mas estamos trabalhando muito para passar o bastão da maneira mais austera possível”.
Renovação do Fethab 2
Em relação ao pedido de Mauro Mendes para que o governador renove o Fethab 2, o secretário-chefe disse que a não renovação era um compromisso de governo de Pedro Taques e que não há garantias de que a solicitação será atendida.
“Todo o desenho e toda a proposta de governo para os próximos quatro anos não previa a renovação do Fethab 2. Criamos fontes de recursos para suprir a ausência desse fundo. Mas agora, com a nova gestão, ele vai analisar a pertinência e as consequências disso e tenho certeza que eles vão achar o melhor termo, mas isso não significa que ele vai mudar de ideia”, pontuou.
O porta-voz do governo também desejou sorte ao futuro governador e nas decisões que irá tomar ao longo do mandato.
