O governador Mauro Mendes assinou nesta segunda-feira (29) a autorização para início imediato da obra do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.
A liberação de serviços ocorre pouco mais de 48h após a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou improcedente a intervenção do Tribunal de Contas da União (TCU).
O Tribunal paralisou os procedimentos a favor de uma ação da Prefeitura de Cuiabá, que é contra a troca de modais. E o tom político do atrito governo e município perpassou lançamento da autorização hoje.
Há a expectativa, por exemplo, que o prefeito Emanuel Pinheiro dificulte a liberação do projeto em Cuiabá, que depende do aval da prefeitura.
No começo do ano, Emanuel havia dito que não aceitaria a instalação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, em livre tradução).
Agora, a disputa passou a ter contorno eleitoral por causa da candidatura ao Governo de Mato Grosso da primeira-dama Márcia Pinheiro (PV).
“Todo eleito tem o direito de rever as decisões anteriores, se a população quiser votar nela para isso… paciência. Mas, ela terá que convencer a população de Mato Grosso a gastar o dobro [para a instalação do VLT]”, disse o governador.
Novo prazo
A obra do BRT está programada para conclusão em 30 meses (dois anos e meio). O custo estimado é de R$ 468 milhões, para a criação do corredor exclusivo do ônibus em Cuiabá e Várzea Grande.
O projeto será executado pelo Consórcio Construtor BRT, também responsável pela elaboração do projeto executivo.
O traçado deve ter rotas semelhantes às do VLT. A diferença está na extenso do corredor na avenida Couto Magalhães, até à Filinto Muller, pela avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá.