Sucessor do governo marcado pelo escândalo conhecido como Grampolândia Pantaneira, como uma das primeiras medidas de segurança de sua gestão o governador Mauro Mendes (DEM) determinou a realização de uma “varredura” em todas as salas do Palácio Paiaguás.
Segundo informações obtidas pelo LIVRE, o intuito da medida é justamente prevenir a existência de possíveis escutas ilegais que eventualmente pudessem ter sido deixadas pelo governo anterior, sob Pedro Taques (PSDB). Segundo uma fonte do LIVRE, até o momento nada teria sido encontrado.
O esquema das interceptações telefônicas clandestinas foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque à Procuradoria Geral da República (PGR). Inicialmente, o pedido de interceptação telefônica foi autorizado pela Justiça Estadual, mas teve a finalidade alterada após a inclusão do número de pessoas sem envolvimento em crimes – uma manobra chamada de “barriga de aluguel”.
Zaque procurou a PGR em janeiro de 2017, depois de ter alertado o governador Pedro Taques. O escândalo veio à tona após uma reportagem veiculada pelo Fantástico, em maio de 2017, na qual o promotor reafirma as denúncias. O caso resultou em 13 pessoas presas, quatro secretários exonerados e dez inquéritos criminais.
O julgamento dos cinco réus na ação penal, sendo eles os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Batista, e o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior, está marcado para março deste ano. Já o possível envolvimento Taques ainda está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ).