Nas alegações finais referentes ao caso das interceptações telefônicas clandestinas, conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, apresentas nesta quarta-feira (03), o Ministério Público do Estado (MPE) pede a condenação de 3 dos 5 réus na ação penal que tramita na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar de Cuiabá, sendo eles os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco e o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior.
Em relação ao coronel Zaqueu, foi solicitada a condenação por crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior, cuja pena pode chegar a 23 anos de prisão devido a continuidade das práticas criminosas.
Já o coronel Evandro Lesco pode ser condenado por realização de operação militar sem ordem superior, que prevê de 3 a 5 anos de reclusão.
No que diz respeito ao cabo Gerson, o Ministério Público pediu a condenação por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar a 18 anos de prisão, também devido à continuidade delitiva.
O MPE se manifestou pela absolvição do coronel Ronelson Barro e do tenente-coronel Januário Batista.
O caso dos grampos ilegais, que resultou em 13 pessoas presas, quatro secretários exonerados e nove inquéritos criminais, veio à tona em 2017, com a denúncia do promotor e ex-secretário estadual de Segurança Pública, Mauro Zaque, à Procuradoria Geral da República (PGR).
O possível envolvimento do governador Pedro Taques (PSDB) e demais membros do Governo do Estado nas escutas ilegais está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem andamento significativo desde o fim do ano passado.