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Ex-presidente do Peru recebeu US$ 20 milhões da Odebrecht, diz jornal

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Ex-presidente do Peru recebeu US$ 20 milhões da Odebrecht, diz jornal

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo Manrique recebeu US$ 20 milhões em suborno da Odebrecht, de acordo com o jornal “La Republica”. Os pagamentos foram realizados de maneira escalonada a partir de 2005, período final de seu mandato presidencial, até o ano de 2008, já no governo de seu sucessor Alan García.

A operação ocorria com base em contratos para a construção da estrada Interoceânica, que liga o Peru com o Brasil, segundo fontes da procuradoria do Brasil e do Peru. O dinheiro, apontou o jornal, tramitou por meio de companhias offshore gerenciadas por Joseff Maiman Rapaport, um amigo do ex-presidente peruano.

A publicação se baseou ainda na declaração de um colaborador e em informações bancárias do Panamá, Costa Rica e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Outro lado
Alejandro Toledo, que governou o Peru entre 2001 e 2006 e que está em viagem pela Europa, disse considerar as acusações uma forma de vingança por ter liderado protestos que culminaram com a queda do ex-­presidente Alberto Fujimori, em 2000.

“Estarei pronto para colaborar com a Justiça. Nunca fujo dela. Mas Justiça, não vingança”, escreveu em uma rede social.

O dinheiro que recebeu teria sido pago em troca de fraudes na licitação da Rodovia Interoceânica, conhecida como Estrada do Pacífico, que liga o Acre ao sul do Peru. De acordo com o jornal “La Republica”, o Ministério Público do pais pedirá a prisão de Toledo.

Investigadores peruanos dizem ter comprovado a existência de US$ 11 milhões (R$ 34,4 milhões) em uma conta do empresário Josef Maiman, amigo próximo de Toledo. O dinheiro teria sido repassado depois a empresas sediadas em paraísos fiscais.

As investigações no Peru começaram após vir a tona, em dezembro de 2016, documentos do Departamento de Justiça dos EUA revelando que a Odebrecht pagou US$ 3,4 bilhões em propinas desde 2001 em 12 países da América Central, América do Sul e África.

Segundo o Departamento de Justiça americano mais de cem projetos foram negociados em troca de suborno. No período investigado, a empreiteira pagou propinas por obras em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.

Em dezembro de 2016, a Odebrecht e a Braskem fecharam um acordo com a Justiça dos EUA, da Suíça e do Brasil no qual admitiu ter pago US$ 20 milhões a um “alto funcionário peruano” para ser contratada em um projeto de infraestrutura.

(Com Agência Estado)

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