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“Estamos arrasados”, diz pai de suspeito morto

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“Estamos arrasados”, diz pai de suspeito morto

Quatro dias e doze horas depois do assassinato do policial militar Fábio Zampirão, 31 anos, mais uma pessoa foi morta na região de Sinop. Na noite desta sexta-feira, 3, por volta das 23h30, o corpo de Marcos Antônio Fabiani dos Santos, 24 anos, chegou perfurado de balas ao hospital Dona Nilza, em Cláudia, a 568 quilômetros de Cuiabá. É a décima morte em menos de uma semana na região.

Marcos estava há dois dias escondido em uma área de mata fechada perto da entrada do município de Cláudia, a 92 quilômetros de Sinop. Segundo a Polícia Militar, o rapaz era um dos suspeitos de ter atirado contra Zampirão, que integrava a equipe da Força Tática da PM e foi morto em sua casa. Conhecido dos policiais, “Marquinhos”, como era chamado, havia sido preso em 2013, ao levar um tiro de fuzil na perna depois de ter sequestrado um empresário e empreendido fuga.

Logo após a morte do policial, a Secretaria de Segurança Pública enviou a Sinop uma força-tarefa composta pelo comandante-geral da Polícia Militar, policiais militares dos comandos regionais da região Norte, policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e equipes de inteligência da PM e da PJC. Segundo Mariowilliam Ribeiro Fujinaka, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar de Sinop, foi um policial militar que acertou Marcos durante o confronto. Para o comandante, a ocorrência não se relaciona às outras mortes ocorridas na região durante a semana. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, disse Fujinaka ao LIVRE. “Isso aconteceu ontem em Cláudia. Aquelas mortes foram na segunda-feira, em Sinop, e estão sendo investigadas”.

Familiares
O corpo de Marcos Antônio Fabiano dos Santos permaneceu no hospital durante a noite e foi transportado pela manhã para o cemitério municipal de Cláudia. Segundo Antonio dos Santos, pai do suspeito morto, nenhum familiar foi avisado sobre o incidente e, por isso, ele não conseguiu velar o filho. “Ninguém ligou para avisar. Fiquei sabendo por uma amiga de Marcelândia que viu na internet”, disse Antonio ao LIVRE. Ele não via o filho há mais de um mês. “Ele não ligava, se tivesse ligado a gente poderia ter evitado. Eu e minha mulher estamos arrasados”. Os pais, que pagavam mensalmente para o filho um convênio na funerária Luz e Vida, em Sinop, pretendem viajar ao município de Cláudia ainda hoje.

Antonio informou também que planeja acionar um advogado para esclarecer as circunstâncias da morte do filho. “O certo era esperar a perícia chegar lá no local”, disse. “Por que levaram assim de qualquer jeito para o hospital?”.

Assista abaixo à cronologia das mortes ocorridas até então em Sinop:

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