Em Mato Grosso, apesar de 99% dos municípios terem aderido ao projeto de busca ativa escolar do Unicef, pouco mais de 50% está, de fato, realizando ações de identificação de crianças que estejam fora da sala de aula ou em risco de abandono escolar.
Em 2020, o Estado tinha 64.269 crianças e adolescentes das redes municipal e estadual em distorção idade-série e 1.223 alunos em situação de abandono escolar. Especialistas apontam que a necessidade de aulas remotas durante a pandemia – num cenário de baixa inclusão digital – pode ter agravado a situação.
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Para fortalecer esta agenda e cada vez mais apoiar os municípios na implementação da busca ativa por esses alunos, o Unicef e parceiros estão organizando uma série de atividades de apoio e pactuação política com todos os 141 municípios de Mato Grosso.
Na próxima segunda-feira (16), por exemplo, será realizado em Cuiabá um seminário sobre o tema com as presenças do governador Mauro Mendes, do presidente da AMM, Neurilan Fraga, da coordenadora do Unicef no território amazônico, Judith Leveillée, e outras autoridades locais.
Durante o Seminário serão apresentados os resultados, os gargalos e as lições aprendidas até o momento, assim como a definição de compromissos em prol dos direitos das crianças e adolescentes.
Logo após o seminário, será realizado um ciclo de capacitações presenciais com os municípios, para as equipes municipais envolvidas na realização da busca ativa por alunos. As capacitações serão realizadas por polos Cuiabá e Sinop.
Como parte desta estratégia, o Unicef e parceiros disponibilizaram a ferramenta metodológica e tecnológica de busca ativa escolar para uso da gestão municipal, sem qualquer custo. Com ele, os municípios e estado têm dados concretos que possibilitarão planejar, desenvolver e implementar políticas públicas que contribuam para a garantia de direitos de meninas e meninos.
A susca ativa escolar reúne representantes de diferentes áreas (educação, saúde, assistência social, planejamento etc.), fortalecendo a rede de proteção. Cada secretaria e profissional tem um papel específico, que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola ou em risco de abandono, até a tomada das providências necessárias para seu atendimento nos diversos serviços públicos, sua (re)matrícula e sua permanência na escola.
(Com Assessoria)