Eleições 2022

Economia de MT: veja as propostas dos candidatos ao governo

Empresários mostraram as dificuldades que Mato Grosso já lida com falta de mão de obra, tecnologia atrasada e alta tributação

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Economia de MT: veja as propostas dos candidatos ao governo

Empresários de Mato Grosso apresentaram em sabatina a candidatos ao Governo de Mato Grosso desafios para alavancar a economia e os negócios a partir de 2023. A falta de estrutura para o avanço em tecnologia, qualificação de mão de obra e ensino profissionalizante são temas vistos por eles como problemáticos. 

A avaliação é que Mato Grosso vive hoje um apagão de mão de obra, mesmo com contingente de população para ocupar vagas em aberto, por carência na formação de ensino básico e capacitação.  

O peso da infraestrutura analógica é apontado como um dos gargalos mais evidentes com o avanço dos serviços tecnológicos digitais durante a pandemia, e Mato Grosso não estaria preparado nem em fase preparação da população para entrar no mundo do trabalho digital. 

Associado a isso, a alta carga tributária para o comércio dificultaria a expansão de micros e pequenos empresários, que também ficaram mais evidentes nos dois últimos anos. 

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O Livre selecionou as respostas mais relevantes dos candidatos Mauro Mendes (União Brasil), Márcia Pinheiro (PV) e o pastor Marcos Ritela (PTB) para esses assuntos, em bate papo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) em Mato Grosso nessa segunda-feira (19). 

Tributação 

Mauro Mendes: “Existiam anomalias fiscais só em Mato Grosso. Agora, nós somos o único a cortar o ICMS da energia, combustível, telefonia. Também cancelamos multa abusivas. Nós fizemos o que é correto, e ninguém quebrou”. 

Márcia Pinheiro: “Nós precisamos fomentar a indústria, não há incentivos para as indústrias se instalarem aqui. O que tem uma questão de filiais, não de empresas que veem para fazer sede. Vamos conversar sobre o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), que não está sendo usado para o seu propósito, e suspender a cobrança de pedágios para termos uma visão de como realmente está a situação”. 

Marcos Ritela: “Mato Grosso reduziu o ICMS do combustível de 17% para 16%, após muita pressão, mas em Goiás é 12%. Nós temos que revisar a cobrança de tributária. Se empresa cresce, o município cresce; se o município cresce, o estado cresce”. 

Carência de mão de obra  

Mauro Mendes: “Nós precisamos atrair mão de obra construindo habitação popular. Nós temos um programa que achamos viável construir 40 mil casas. O governo entra 70 mil de materiais e o município entra com mão de obra e terreno.   Acreditamos que 100% dos municípios vão aderir ao programa”.

Márcia Pinheiro: “Precisamos identificar a demanda de cada município para oferecermos cursos profissionalizantes. Não podemos deixar as pessoas fora da sala de aula. É a partir daí que teremos mão de obra qualificada”. 

Marcos Ritela: “500 mil mato-grossenses vivem com R$ 89 por mês. O governo não pode mandar cesta básica, tem que saber quem são essas pessoas para capacitá-las, dar curso profissionalizante. O jovem está abandonado na favela. O povo não quer viver de migalhas”. 

Tecnologia 

Mauro Mendes: “A grande de Mato Grosso é por infraestrutura. Estamos projetamos 2,6 km de asfalto. Estamos planejando 25 aeroportos asfaltados, vamos apertar o pé, nos quatro anos, em rodovia e aeroviação. Também vamos dar um jeito na BR-163 porque ninguém aguenta mais. É uma questão do governo federal, mas quem paga somos nós”. 

Márcia Pinheiro: “É preciso focar no ensino para capacitar as pessoas a saber operar as tecnologias. Mas, precisamos achar uma equação, entre estado e o setor privado, para ter tecnologia 5G e manter o mercado de mão de obra. É uma consequência social”.  

Marcos Ritela: “A tecnologia chegou, mas nós estamos atrasados. A maioria das empresas que [fornecem materiais de escritório] é de laranja. Nós estamos na era da informatização, é uma questão de urgência e estamos parados no tempo. Um documento [para ser liberado em processos empresariais] precisa ser carimbado [em Mato Grosso], não estamos mais na era do carimbo”. 

Incentivo 

Mauro Mendes: “Você reduz a tributação na cadeia de produção e cobra no consumo. As indústrias precisam de incentivo. Se não tributarmos o consumo, de onde vai vir o dinheiro para serviços? Saímos de 1 mil empresas para mais de 5 mil. O governo precisa criar ambiente para estimular o negócio privado. A maior empresa do estado é o governo, se as notícias que emanam do governo são ruins não dá para ampliar o comércio privado”.  

Márcia Pinheiro: “Nós precisamos identificar as dificuldades para tirar as pessoas da informalidade. Precisamos dar condições para as empresas se legalizarem e dar condições para elas ter acesso a benefícios”. 

Marcos Ritela: “Nós temos que criar um ambiente de negócios. Um negócio em Mato Grosso é o IPVA, imposto pago para licença de carros. [No meu governo] esse imposto vai ser pago uma vez só, na aquisição do carro. É assim nos Estados Unidos e funciona muito bem. A segunda opção é isentar quem permanece com o veículo. Com isso, nós vamos criar um ambiente de negócios para empresas de frota vir para Mato Grosso, trazer o Brasil para Mato Grosso”.  

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