O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) usou peso diferente no julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
Pela lógica, segundo ele, Bolsonaro deveria ter uma sentença semelhante à que foi dada à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na época em que seu mandato foi cassado. O TSE aprovou o impeachment e manteve o direito de Dilma concorrer na eleição seguinte.
Mauro diz que a diferença foi que a Justiça “rebolou” para evitar que os direitos políticos de Dilma fossem cassados.
“Eu imaginei que eles poderiam dar ao Bolsonaro o mesmo tratamento que deram à Dilma. Faltou, é claro, equilíbrio. Pela legislação ela deveria ter ficado inelegível. O Supremo Tribunal Federal (STF)] rebolou daqui, rebolou dali e manteve ela elegível”, disse.
O TSE concluiu ontem (30) o julgamento contra Bolsonaro. Por 5 a 2, os ministros condenaram Bolsonaro à perda dos direitos políticos com o prazo de 8 anos sem poder disputar qualquer eleição.
A condenação foi por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha a presidente em 2022. Bolsonaro poderá recorrer do julgamento no TSE e no STF.