O empresário Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, é citado como um dos principais articuladores das manifestações contra o resultado das eleições presidenciais, que resultaram na invasão a prédios dos Três Poderes, em Brasília.
O nome de Galvan aparece em relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), divulgados pelo jornal O Globo. As manifestações ocorreram desde o fim da eleição em segundo turno para presidente do Brasil, no fim de outubro.
Houve uma intensificação dos atos em Mato Grosso e outros estados com a cobrança de que a votação que elegeu Lula (PT) a presidente fosse anulada, com a justificativa de fraude no processo. Nada ainda foi provado.
No dia 8 de janeiro deste ano, centenas de pessoas invadiram e depredaram prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso e do Palácio do Planalto. Várias pessoas de Mato Grosso foram presas na ocasião e algumas passaram a responder por crimes contra o estado democrático de direito.
As informações divulgadas pelo Globo apontam que “vários produtores” teriam incitado a escalada da violência nesses dias. O documento da Abin teria identificado o Movimento Brasil Verde Amarelo (MBVA) como um grupo organizado por trás do vandalismo.
Ainda conforme O Globo, o movimento teria liderado bloqueios de rodovias em novembro do ano passado em Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Roraima. Antônio Galvan estaria citado como “general” do MBVA.
Antônio Galvan está filiado ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e concorrer ao Senado em 2022. Ao longo do ano passado, ele esteve em conflito com ministros do STF, principalmente Alexandre de Moraes, por conta de declarações sobre a segurança do processo eleitoral no Brasil.